Bolsonaro foi covarde e leviano ao acusar Lula de ser o mentor intelectual da morte de Celso Daniel

 
Candidato à reeleição, Jair Bolsonaro passou quase quatro anos mentindo à população, disseminando o ódio e ameaçando a democracia. Em prol do brasileiro mais vulnerável nada fez. Vangloria-se de ter criado o auxílio emergencial no valor inicial de R$ 600, mas esconde do eleitor que a proposta do governo era R$ 200 durante quatro meses. Bolsonaro esconde o seu ministro da Economia, Paulo Guedes, o tal “Posto Piranga”, porque a tragédia econômica que assombra o cotidiano do cidadão é inegável.

Em segundo lugar nas pesquisas eleitorais e ciente de que a derrota nas urnas se avizinha, Bolsonaro foi ao debate da TV Globo disposto a baixar o nível. Acusar o ex-presidente Lula de ser o mentor intelectual da morte de Celso Daniel, ex-prefeito de Santo André, é prova inequívoca da delinquência intelectual do chefe do Executivo.

Ao fazer tão leviana acusação, Bolsonaro disse ter se baseado em declaração da senadora Mara Gabrilli (PSDB-SP), candidata a vice na chapa de Simone Tebet (MDB-MS). Antes que alguém nos acuse de fazer campanha a favor do candidato petista ou de receber alguma compensação financeira, lembramos que divulgamos com exclusividade as gravações do caso envolvendo o assassinato de Celso Daniel.

 
A decisão de divulgar as gravações rendeu-nos processos judiciais, ameaças de morte e a retirada do site do ar, a partir de arbitrária investida do Judiciário. Prevaleceu o nosso compromisso com o jornalismo de qualidade e o respeito aos leitores.

Diante do exposto, afirmamos com plena tranquilidade ser criminosa a acusação feita por Jair Bolsonaro de que o candidato petista foi o mentor intelectual do assassinato de Celso Daniel. O ex-prefeito de Santo André não apenas coordenava a campanha de Lula à Presidência da República em 2002, como era cotado à época para assumir o Ministério da Fazenda em caso de vitória de Lula. Se há no Brasil quem mais conhece o enredo que culminou com o assassinato de Celso Daniel, esse certamente é o editor do site.

Desesperado, Bolsonaro destilou mais uma vez sua conhecida e devastadora covardia. Em vez de acusar um adversário de algo improcedente, deveria explicar as 686 mil mortes por Covid-19, em razão do criminoso atraso na compra das vacinas; a morte do tesoureiro do PT em Foz do Iguaçu, assassinado por um bolsonarista; o assassinato de Marielle Franco; a misteriosa eliminação do miliciano Adriano da Nóbrega, homem de confiança de Fabrício Queiroz que emplacou a mãe e a mulher no gabinete de Flávio Bolsonaro.


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