Anúncios de apoio a Lula e Bolsonaro não foram captados pela pesquisa Ipec, que tem o petista à frente

 
Como afirmou o UCHO.INFO em matéria anterior, as declarações de apoio ao ex-presidente Lula (PT) e ao presidente Jair Bolsonaro (PL) não garantem transferência de voto. Na melhor das hipóteses podem sugerir aos eleitores indecisos que no segundo turno considerem as decisões tomadas pelos apoiadores. Na opinião deste site, o melhor que o brasileiro pode fazer em meio a essa disputa é votar a favor da democracia.

Bolsonaro recebeu o apoio de alguns governadores – Rodrigo Garcia (SP), Ratinho Jr. (PR), Ibaneis Rocha (DF) e Ronaldo Caiado (GO) –, o que não é novidade, pois o trio já estava ao lado do presidente muito antes das eleições. Apenas Caiado se fastou do chefe do Executivo por conta da forma como o governo federal conduziu o combate à pandemia do novo coronavírus.

Lula, por sua vez, conta com larga vantagem no Nordeste, onde no primeiro turno conquistou mais de 21 milhões de votos. Além disso, o petista recebeu nesta quarta-feira (5) o apoio do governador reeleito do Pará, Helder Barbalho (MDB). Além disso, governadores da Bahia, Ceará e Maranhão já apoiavam Lula.

Terceira colocada no primeiro turno da corrida presidencial, com quase 5 milhões de votos, a senadora Simone Tebet (MDB-MS) anunciou no início da tarde apoio ao ex-presidente Lula. Em pronunciamento, Tebet afirmou esperar que a campanha petista encampe ao menos cinco propostas do seu plano de governo.

 
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“Ainda que mantenha as críticas que fiz ao candidato Luiz Inácio Lula da Silva, em especial nos seus últimos dias de campanha quando cometeu o erro de chamar para si o voto útil, que é legítimo, mas sem apresentar as suas propostas completas, depositarei nele o meu voto porque reconheço nele o seu compromisso com a democracia e com a Constituição, o que desconheço no atual presidente. Meu apoio não será por adesão. Meu apoio é por um Brasil que sonho ser de todos”, declarou a senadora.

“Peço desculpas aos amigos e companheiros que imploraram pela neutralidade neste segundo turno, preocupados que estão com a eventual perda de algum capital político, para dizer que o que está em jogo é muito maior que cada um de nós. Votarei com minha razão de democrata e com minha consciência de brasileira. E a minha consciência me diz que, neste momento tão grave da nossa história, omitir-me seria trair minha trajetória de vida pública”, afirmou a parlamentar.

“A negação atrasou a vacina. A arma ocupou o lugar do livro. A iniquidade fez curvar a esperança. A mentira feriu a verdade. O ouvido conciliador deu lugar à voz esbravejada. O conceito de humanidade foi substituído pelo de desamor. O Brasil voltou ao mapa da fome. O orçamento, antes público, necessário para servir ao povo, tornou-se secreto e privado”, completou.

A decisão de Simone Tebet confirmou não apenas a expectativa existente no campo político-eleitoral, mas uma declaração dada antes de a emedebista ter o nome confirmado como candidata ao Palácio do Planalto.

As movimentações políticas que marcaram a quarta-feira (5) não foram captadas pela pesquisa Ipec sobre a corrida presidencial, na qual Lula aparece em primeiro lugar, com 51% das intenções de voto, seguido por Bolsonaro, com 43%. A margem de erro do levantamento é de dois pontos percentuais para mais ou para menos. Em termos de votos válidos, o petista tem 55%, contra 45% do candidato do PL.


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