Aliado de primeira hora de Bolsonaro, Roberto Jefferson se entrega à PF após oito horas de cerco policial

 
O ex-deputado federal Roberto Jefferson (PTB), integrante da extrema direita e um dos expoentes do bolsonarismo, se entregou no início da noite deste domingo (23) após atacar e ferir agentes da Polícia Federal com tiros de fuzil e três granadas.

Após cerco que se estendeu por oito horas, o aliado de Jair Bolsonaro concordou em se entregar após uma negociação que contou com a participação do ministro da Justiça, Anderson Torres. Jefferson foi levado à sede da Superintendência da Polícia Federal no Rio de Janeiro.

Roberto Jefferson cumpria prisão domiciliar na sua casa na cidade de Comendador Levy Gasparian, no interior do Estado do Rio de Janeiro. Os agentes se dirigiram ao local após o Supremo Tribunal Federal (STF) determinar a revogação da domiciliar e ordenar que o ex-deputado fosse levado à prisão.

A ordem foi motivada pela insistência de Jefferson em descumprir várias medidas cautelares impostas para a garantia da prisão domiciliar.

O ex-deputado é investigado em um inquérito por suspeita de integrar uma organização que visa “desestabilizar as instituições republicanas”. Nesta semana, Jefferson voltou a dirigir ataques ao STF, publicando vídeo com uma série de ofensas covardes e criminosas contra a ministra Carmen Lúcia.

 
Quando agentes da PF foram à casa do ex-deputado para cumprir a ordem de prisão, Jefferson efetuou disparos de fuzil e chegou a atirar três granadas contra os policiais. O ataque feriu a agente Karina Oliveira e o delegado Marcelo Vilella.

De acordo com as investigações preliminares, mais de 20 tiros de fuzil foram disparados por Jefferson. Pelo menos nove tiros atingiram os vidros de uma viatura. Algumas chegaram a perfurar o veículo.

No início da noite, o ministro Alexandre de Moraes, do STF, determinou nova prisão contra Jefferson. Desta vez por tentativa de duplo homicídio.

O episódio ocorreu a uma semana do segundo turno da eleição presidencial. O pleito já vem sendo marcado por episódios de violência cometidos por bolsonaristas, incluindo o assassinato de um dirigente do PT de Foz do Iguaçu (PR) por um apoiador do presidente.


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