Bolsonaro, asseclas e bajuladores insistem em criar factoides para tumultuar o segundo turno da eleição

 
Candidato à reeleição, o presidente Jair Bolsonaro e seus assessores de campanha têm demonstrado disposição para tumultuar o País caso os resultados das urnas, no próximo domingo (30), sejam adversos.

As investidas do presidente da República e do Ministério da Defesa contra o sistema de votação e o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) resultaram em nada. O ministro Paulo Sérgio Nogueira de Oliveira (Defesa), desavergonhado cumpridor de ordens palacianas, insistiu em fazer auditoria nas urnas eletrônicas no primeiro turno das eleições, mas até agora não apresentou o respectivo relatório.

A demora em divulgar o relatório passa pelo desejo de Bolsonaro de preservar o enredo golpista, já que os militares não encontraram nenhuma anomalia no processo de votação. Reconhecer esse cenário representaria um duro golpe na campanha de Bolsonaro, faltando quatro dias para o segundo turno.

Diante disso, o núcleo duro da campanha decidiu criar um factoide para embaralhar o processo eleitoral. O desespero levou os assessores de Bolsonaro a surgirem em cena com a afirmação estapafúrdia de que o candidato à reeleição foi prejudicado por emissoras de rádio que deixaram de veicular material da campanha.

Sem qualquer embasamento, a denúncia foi apresentada ao TSE, que fixou prazo para a apresentação de provas. O presidente da Corte eleitoral, ministro Alexandre de Moraes, usou o termo “documento apócrifo” para fazer referência à denúncia.

 
Nesta quarta-feira (26), Bolsonaro insinuou novamente que poderá não aceitar o resultado da eleição no próximo domingo, desta vez por conta do suposto esquema de fraude na transmissão de sua propaganda eleitoral em rádios do País.

O presidente da República responsabilizou diretamente o TSE, alvo constante das mentiras e ameaças de Bolsonaro. “Mais uma do TSE. Vocês estão acompanhando. As inserções do nosso partido que não foram passadas em dezenas de milhares de rádios pelo Brasil. Sou vítima, mais uma vez. Onde poderiam chegar as nossas propostas, nada chegou”, afirmou durante discurso em Teófilo Otoni, no interior de Minas Gerais.

Na segunda-feira, Bolsonaro afirmou que seu material de campanha não foi veiculado por diversas emissoras de rádio, sugerindo que houve “manipulação de resultados”.

“O que foi feito, comprovado por nós, pela nossa equipe técnica, é interferência, é manipulação de resultados. Eleições têm que ser respeitadas, mas, lamentavelmente, PT e TSE têm muito o que explicar nesse caso”, declarou.

As tentativas de Bolsonaro para prejudicar o processo eleitoral não é novidade, mas é preciso destacar que há um limite para qualquer situação, inclusive as esdrúxulas. O presidente há muito ultrapassou as fronteiras do limite da razoabilidade e do bem-senso, até porque golpista é avesso a isso.

O episódio grotesco e criminoso protagonizado por Roberto Jefferson é prova maior e inconteste dessa disposição de embaralhar a eleição presidencial. O ex-deputado combinou uma ópera bufa com o núcleo duro da campanha e com o gabinete do ódio da Presidência, mas o desfecho fugiu ao roteiro. Na verdade, Jefferson conseguiu a proeza de atirar nos policiais federais e acertar na campanha de Bolsonaro.


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