Gleisi Hoffmann volta ao palco da polêmica, desta vez com críticas à Petrobras por distribuição de dividendos

 
Eleito presidente da República no último domingo (30), Luiz Inácio da Silva ainda não foi diplomado, o que deve acontecer até 19 de dezembro, e tampouco voltou a sentar na cadeira presidencial. Apesar desse cenário, a deputada federal Gleisi Hoffmann, presidente nacional do Partido dos Trabalhadores, já começa a colocar as “mangas de fora”, como nos tempos em que ocupou a Casa Civil do governo da companheira Dilma Rousseff.

Na manhã desta quinta-feira (3), Gleisi usou sua conta no Twitter para criticar a decisão da Petrobras de preparar a distribuição de R$ 50 bilhões em dividendos aos acionistas. A petista classificou a distribuição de dividendos como “sangria”. Logo após, na abertura do mercado acionário, os papeis registraram queda de 1%.

“Não concordamos com essa política que retira da empresa sua capacidade de investimento e só enriquece acionistas. A Petrobras tem de servir ao povo brasileiro”, escreveu Gleisi.

A declaração causou preocupação porque soou como um sinal de como o próximo governo deverá conduzir a empresa, que apesar de ter ações disponíveis na Bolsa de Valores ainda é controlada pela União.

 
Como já informamos em matérias anteriores, de acordo com dados de setembro passado, o governo detém 50,30% das ações da Petrobras com direito a voto. Quando consideradas todas as ações da empresa, o governo tem 28,7% de participação acionária. O BNDES e o BNDESpar juntos têm 7,9%. Isso significa que 63,40% das ações da Petrobras estão nas mãos de investidores privados (nacionais e estrangeiros), que devem ter seus direitos respeitados.

Gleisi Hoffmann, que insiste em ganhar visibilidade na esteira de posicionamentos absurdos, tem o dever, como eventual integrante do próximo governo, de respeitar os direitos dos acionistas, que não investiram na companhia apenas e tão somente para ir ao encontro dos planos desse ou daquele presidente da República.

Caso o presidente eleito Lula entenda que a companhia deve atender à população brasileira, que o governo abra o cofre e compre as ações que estão nas mãos de investidores privados. De janeiro de 2019 a maio deste ano, o governo federal recebeu da Petrobras R$ 450 bilhões em dividendos, roylaties e tributos.


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