Em 2018, na campanha presidencial, Paulo Guedes foi apresentado à parcela desaviada do eleitorado, por Jair Bolsonaro, como “Posto Ipiranga”, como se o ainda ministro da Economia fizesse jus ao conceito da campanha da rede de postos de combustíveis homônima.
Durante o desastrado governo de Bolsonaro, o ministro da Economia não apenas exibiu sua incompetência, mas destilou preconceito e intolerância na esteira de declarações estapafúrdias, mas que tão bem traduziram a gestão que termina no próximo dia 31 de dezembro. Vale destacar ao menos duas falas preconceituosas de Paulo Guedes, entre tantos absurdos: as empregadas que viajavam à Disneylândia e o filho do porteiro que deseja ingressar na faculdade.
Não obstante, Guedes foi responsável indireto pelo rombo de R$ 400 bilhões no Orçamento da União, estouro que teve a anuência do Ministério da Economia porque Bolsonaro precisava comprar votos para garantir uma reeleição que acabou não acontecendo.
Apesar do estrago econômico que patrocinou no País, juntamente com Bolsonaro, o ministro tem se irritado com o fato de seu trabalho tem o “reconhecimento que merece”. Como se fosse o último gênio da raça, Guedes vem afirmando nos bastidores que “consertou” erros dos governos do PT.
Como se não bastasse mais um episódio marcado pela ousadia, Paulo Guedes tem amaçado deixar o Brasil logo após a posse do presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva, em 1º de janeiro.
“Vou deixar isso aqui e quem vai ficar com o problema são vocês”, tem repetido Guedes, segundo informou a jornalista Bela Megale, colunista de “O Globo”.
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Caso decida deixar o País, Paulo Guedes fará um enorme favor aos brasileiros, principalmente aos que reviram o lixo em busca de restos de comida. Em um país com 40 milhões de pessoas passando fome, a ameaça de Guedes é uma criminosa bravata.
O paraíso fiscal das Ilhas Virgens Britânicas é uma excelente sugestão de destino para Guedes em sua anunciada fuga, já lá está sediada sua offshore, criada, segundo o próprio economista, criada para fugir dos impostos no Brasil.
Assim como o chefe Jair Bolsonaro, o ministro usa a vitimização para não entrar para a história pela porta dos fundos. A declaração de que deixará o Brasil após a posse de Lula é pura balela, pois Guedes atuou nos bastidores para seu nome fosse lembrado entre os integrantes da equipe de transição de Tarcísio de Freitas, governador eleito de São Paulo.
Tarcísio, que teve como arrecadador de doações de campanha um dos principais assessores de Paulo Guedes, quer o ministro no comando da Secretaria da Fazenda paulista. Em suma, o próximo governador quer entregar as finanças do mais importante estado da federação a alguém do naipe de Guedes.
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