Atos terroristas: Alexandre de Moraes decreta a prisão do ex-comandante da Polícia Militar do DF

 
O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), determinou a prisão do coronel Fábio Augusto Vieira, ex-comandante da Polícia Militar do Distrito Federal.

Vieira era o responsável pelo comando da corporação no último domingo (8), quando terroristas bolsonaristas, com a ajuda da PM, invadiram e depredaram o Palácio do Planalto, o STF e o Congresso Nacional, deixando um rastro de destruição na Praça dos Três Poderes. O coronel já havia sido afastado do cargo pelo interventor federal na Segurança Pública do DF, Ricardo Capelli.

O governo federal, integrantes da Polícia Federal e do Judiciário têm creditado à Polícia Militar do DF a responsabilidade pela onda de terrorismo que tomou conta da capital dos brasileiros.

Nesta terça-feira (10), Capelli afirmou que os atos terroristas praticados por apoiadores radicais do ex-presidente Jair Bolsonaro só foi possível devido à “operação de sabotagem” nas forças de segurança locais, naquele momento comandadas por Anderson Torres, ex-ministro da Justiça e então secretário de Segurança Pública, exonerado pelo governador afastado Ibaneis Rocha (MDB).

Em ação meramente protocolar e com o objetivo de enganar a opinião pública, a PM do Distrito Federal fingiu que tentou conter a invasão, mas o reduzido número de policiais na Esplanada dos Ministérios não foi capaz de barrar os terroristas.

 
Não obstante, a PM, ciente da iminência de ataques criminosos, acompanhou os criminosos até a Praça dos Três Poderes. Além desse descalabro, policiais militares do DF abandonaram o posto para comprar água de coco ao lado da Catedral de Brasília, enquanto outros filmavam as invasões e travam selfies.

Um dia antes da barbárie perpetrada pelos terroristas bolsonaristas, o governo do DF garantiu que não havia risco de atos violência durante a manifestação dos golpistas impulsionados pelo silêncio torpe de Bolsonaro.

Horas antes da avalanche de destruição, o delegado da Polícia Civil que respondia interinamente pela Segurança Pública do DF garantiu ao governador Ibaneis Rocha que o ambiente era tranquilo e seguro.

Como afirmamos em matéria anterior, Ibaneis Rocha só não foi preso no domingo porque o advogado Antônio Carlos de Almeida Castro, o Kakay, atuou nos bastidores e convenceu os ministros do STF de que a medida era desnecessária.

A prisão do ex-comandante da PM do Distrito Federal é pouco diante dos prejuízos causados pelos terroristas. O oficial militar deveria ser obrigado, ao lado de outros irresponsáveis, a custear a reparação dos danos causados pelos golpistas, não sem antes ser expulso da corporação.


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