Moraes decreta a prisão de Anderson Torres, sabujo de Bolsonaro e ex-secretário de Segurança do DF

 
Nesta terça-feira (10), após decretar a prisão do coronel Fábio Augusto Viera, ex-comandante da Polícia Militar do DF, o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), determinou a prisão de Anderson Torres, ex-secretário de Segurança Pública do Distrito Federal.

Ex-ministro da Justiça de Bolsonaro, o genocida em fuga, Torres foi exonerado pelo governador do Distrito Federal, Ibaneis Rocha (MDB), afastado por 90 dias do cargo por decisão de Moraes, que é relator do inquérito dos atos antidemocráticos que tramita no STF.

Com o fim do governo de Jair Bolsonaro, que abandonou a Presidência da República dois antes do fim do mandato com medo de ser preso, Torres retornou ao comando da Secretaria de Segurança do DF, mas em seguida viajou de férias com a família para Orlando, nos Estados Unidos, mesma cidade onde se encontra o agora ex-presidente.

No último domingo (8), dia e que a Praça dos Três Poderes, em Brasília, foi tomada por terroristas bolsonaristas que invadiram e depredaram o Palácio do Planalto, o STF e o Congresso Nacional, Anderson Torres tentou justificar o rastro de destruição deixado na capital federal, mas não convenceu.

Nas redes sociais, Anderson Torres afirmou: “Lamento profundamente que sejam levantadas hipóteses absurdas de qualquer tipo de conivência minha com as barbáries que assistimos”. Na segunda-feira (9), em nota publicada no Twitter, Torres afirmou ter vivido no domingo, “sem sombra de dúvida, o dia mais amargo da vida pessoal e profissional”.

 
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O ex-ministro da Justiça negou ter se reunido com Jair Bolsonaro, mas a Presidência da República tem informações seguras de que o encontro ocorreu. Coincidência ou não, apoiadores de Bolsonaro que vivem no estado americano da Flórida divulgaram nas redes sociais, antes dos ataques terroristas, que o Brasil teria novidades em breve.

As informações foram repassadas ao novo governo por outrora aliados de Bolsonaro, garantindo que o encontro entre ambos ocorreu em Orlando no último sábado, 7 de janeiro, um dia antes dos atos terroristas.

Integrante destacado do grupo de sabujos de Jair Bolsonaro, o golpista, Anderson Torres tem responsabilidade direta na fracassada tentativa de golpe do último domingo. É importante lembrar que Torres, enquanto ministro da Justiça, nada fez para impedir a ação da Polícia Rodoviária Federal (PRF), que por ocasião do segundo turno das eleições bloqueou estradas para dificultar o acesso de eleitores, em especial os do Nordeste, aos locais de votação.

Em seguida, com a derrota de Bolsonaro nas urnas, Torres não se empenhou para acabar com o bloqueio de estradas por caminhoneiros simpatizantes do golpista-mor. De igual modo, em 12 de dezembro passado, dia em que Lula e Geraldo Alckmin foram diplomados no Tribunal Superior Eleitoral (TSE), o então ministro jantava tranquila e alegremente em churrascaria de Brasília, enquanto terroristas bolsonaristas tentavam invadir a sede da Polícia Federal e atearam fogo em carros, ônibus e em uma delegacia de polícia.

A decisão do ministro Alexandre de Moraes atendeu a um pedido formulado pelo advogado-geral da União, Jorge Messias, que requereu ao magistrado a prisão em flagrante de Torres e de todos os agentes públicos que se omitiram e facilitaram a ação dos golpistas. Mais cedo, policiais federais cumpriram mandado de busca e apreensão na casa de Anderson Torres, no condomínio Ville de Montagne, no bairro Jardim Botânico, em Brasília.

A Polícia Federal cumprirá o mandado de prisão em desfavor de Anderson Torres, que é delegado federal, por ocasião de seu retorno ao Brasil. Inicialmente, a previsão é que Torres retorne somente no final de janeiro, mas diante das circunstâncias a volta pode ser antecipada. Afinal, no mundo encantando de Walt Disney, o Pateta não aceita concorrência desleal.


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