Fraude em carteira de vacinação revela essência torpe de Bolsonaro e escancara sua covardia

 
Em 2018, durante a campanha presidencial, o UCHO.INFO afirmou que Jair Bolsonaro era desprovido de estofo para assumir cargo de tamanha importância e responsabilidade como o de presidente da República. Na ocasião, a súcia bolsonarista se voltou contra o editor, disparando acusações torpes e sem qualquer fundamento, em clara tentativa de camuflar o que agora é confirmado mais uma vez.

A Operação Venire, deflagrada pela Polícia Federal deflagrada nesta quarta-feira (3) para apurar fraudes em dados vacinais de Bolsonaro e assessores, confirma as afirmações deste noticioso, assim como revela o baixo nível do ex-presidente. Em outras palavras, Bolsonaro é desqualificado.

A residência de Bolsonaro, no Jardim Botânico, distante dez quilômetros de Brasília, foi alvo de busca e apreensão. Em suma, o ex-presidente, que durante três meses permaneceu refugiado nos Estados Unidos, foi desmascarado na esteira de assunto que ele próprio considerava “favas contadas”.

Além dos mandados de busca e apreensão, a PF cumpriu seis mandados de prisão contra o tenente-coronel Mauro Cid Barbosa (ex-ajudante de ordens de Bolsonaro), o policial militar Max Guilherme (segurança do ex-presidente), Sérgio Cordeiro (militar do Exército e segurança do ex-chefe do Executivo), João Carlos de Sousa Brecha (secretário de Governo de Duque de Caxias – RJ), Luís Marcos dos Reis (sargento do Exército e ex-integrante da equipe de Mauro Cid) e Ailton Gonçalves Moraes Barros (candidato a deputado estadual pelo PL-RJ em 2022).

Durante os quatro anos do governo anterior e principalmente na corrida presidencial de 2022, dedicamos a Bolsonaro em muitas ocasiões os adjetivos “golpista” e “covarde”, o que acabou por enfurecer muitos integrantes da mata de apoiadores de alguém que tem declarado desapreço pela democracia.

 
Após o cumprimento do mandado de busca e apreensão, operação que durou aproximadamente três horas, Bolsonaro chamou os jornalistas, os mesmos que hostilizou durante o mandato, para negar as acusações que embasaram a decisão do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), no âmbito do inquérito das milícias digitais.

Aos profissionais da imprensa, o ex-presidente afirmou que ele e a filha Laura não foram vacinados contra Covid-19, sendo que apenas a ex-primeira-dama, Michelle Bolsonaro, foi imunizada em Nova York, em setembro de 2021, por ocasião da Assembleia-Geral da Organização das Nações Unidas (ONU). O ex-presidente não esclareceu se Michelle tomou apenas uma dose do imunizante.

Na sequência da conversa com os jornalistas, Bolsonaro disse que ficou “surpreso com a busca e apreensão na casa do ex-presidente para criar um fato”. Em que pese a sua delinquência intelectual, tentar tirar proveito político de uma ação policial que investiga fraude no sistema de vacinação é no mínimo desconexão com a realidade.

Mais adiante, Bolsonaro confirmou ser um covarde ao dizer: “Nunca me foi pedido cartão de vacina, não existe adulteração da minha parte”. Resumindo, o ex-presidente não nega a existência de adulteração dos dados vacinais, mas de forma intrínseca transfere a responsabilidade para aos assessores, começando por Mauro Cid, que também teve o comprovante de vacinação adulterado.

Não por acaso, Jair Bolsonaro, enquanto presidente da República, impôs por decreto sigilo de 100 anos a vários temas sensíveis, começando pelos dados vacinais. Um presidente que falsifica cartão de vacinação, enquanto 700 mil brasileiros perderam a batalha para o novo coronavírus e suas variantes, deveria estar preso.


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