Se Lula não mandar Alexandre Padilha de volta para a Câmara, governo terá dificuldades no Congresso

 
Ao longo de mais de duas décadas, o UCHO.INFO alertou os brasileiros para a importância de se preocupar com a atividade política, como forma de evitar que o País caminhasse na direção do escambo criminoso, como acontece há alguns anos na relação entre Executivo e Legislativo.

Eleitos na esteira da vontade popular, deputados federais e senadores só votam e aprovam matérias de interesse do governo caso haja algum tipo de contrapartida, normalmente milionária. Em qualquer país minimamente sério, tais parlamentares estariam presos. No Brasil, infelizmente, acostumou-se a normalizar uma atividade criminosa e que atenta contra a dignidade do cidadão.

Em matérias anteriores, destacamos a fragilidade política da cúpula do governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que, ao contrário do que prometeu na campanha, tem se dedicado ao embate ideológico e ao revanchismo.

Na quarta-feira (3), a derrubada de alguns trechos dos decretos presidenciais que alteraram as regras do saneamento básico representou prova inconteste de que em termos de articulação política o governo Lula está acéfalo. É importante ressaltar que o governo atual entrou no quinto mês, sem que algo de novo tenha sido proposto e aprovado pelo Congresso.

Outros dois temas de interesse do governo tiveram a votação adiada: o novo regramento fiscal e o projeto de lei das “fake news”. Ambas as propostas foram adiadas por 15 dias, tempo exíguo para o governo tentar se reorganizar e eventualmente garantir a aprovação das matérias.

 
Em matéria anterior, o UCHO.INFO afirmou que o brasileiro pouco deve esperar, em termos de aprovação de propostas importantes ao País, de um governo que tem Alexandre Padilha como articulador político.

Há dias, parlamentares disseram que Padilha é “educado e gentil”, mas não consegue garantir os votos necessários para a aprovação de propostas essenciais. Educação e gentileza são mercadorias em extinção no universo político brasileiro, principalmente no Congresso Nacional, onde o banditismo político corre solto.

Ciente de que a relação com o Congresso depende da liberação de verbas e cargos por toda parte, Lula finge ignorar uma realidade que é do conhecimento de todos. Nada no Parlamento acontece sem que haja algum tipo de retorno.

Governar com base no discurso é algo que há muito não funciona. Ou o presidente da República abre a porta do cofre ou manda Alexandre Padilha de volta para a Câmara dos Deputados, de onde sequer deveria ter saído. Agradar a alguns “companheiros” com cargos no núcleo duro do governo é um perigoso equívoco.


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