Caso Marielle: Justiça do RJ determina a transferência de ex-bombeiro para presídio federal

 
A Justiça do Rio de Janeiro determinou a prisão preventiva de Maxwell Simões Corrêa, ex-sargento do Corpo de Bombeiros, por suspeita de envolvimento na morte da vereadora Marielle Franco e do motorista Anderson Gomes. Maxwell será transferido para um presídio federal de segurança máxima.

A decisão do juízo da 4ª Vara Criminal da capital fluminense informa que as provas apresentadas pelo Ministério Público apontam a ligação do ex-bombeiro com o caso, antes, durante e depois dos homicídios.

Na decisão, o magistrado “determinou ainda que o preso seja transferido para um presídio de segurança máxima fora do estado, uma vez que ele representa risco às investigações”. Até a efetiva transferência para um presídio federal, o ex-bombeiro ficará no complexo prisional de Bangu.

“[…] por todos esses motivos decreto, com base no Código de Processo Penal a prisão preventiva de Maxwell Simões Correa, com validade de 20 anos para um estabelecimento penal federal de segurança máxima, a ser indicado pelo Departamento Penitenciário Nacional (Depen), órgão do Ministério da Justiça”, determinou o juiz.

 
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As provas que indicam a participação de Maxwell teve como base a colaboração premiada do acusado Élcio Queiroz. Na decisão, a Justiça menciona a ligação do ex-bombeiro com Ronnie Lessa, que também está preso e é acusado de disparar contra o carro onde as vítimas estavam.
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Além disso, um dia após o crime, Correa se encarregou da troca das placas do veículo usado no assassinato, do descarte das cápsulas e munições utilizadas no crime, assim como providenciou o desmanche do carro.

Corrêa, de acordo com Élcio, seria o responsável por manter financeiramente sua família, assim como arcar com as despesas de sua defesa. O objetivo era evitar o rompimento entre eles. Maxwell teria participação em uma organização criminosa, além de possuir patrimônio incompatível com sua condição financeira.

Se por um lado a celeridade das investigações permitiram a celebração de acordo de colaboração premiada, por outro, como destacamos em matéria anterior, abriu caminho para que seja esclarecida a execução do miliciano Adriano Magalhães da Nóbrega, morto em fevereiro de 2020 no interior da Bahia. Adriano era ligado a Lessa, a Fabrício Queiroz e ao senador Flávio Bolsonaro.


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