Secretaria de Segurança Pública de SP confirma 12 mortes durante operação da PM em Guarujá

 
O governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), disse na segunda-feira (31) que a operação policial no Guarujá, no litoral paulista, deixara 8 mortos e que não houve violência por parte dos agentes de segurança.

A Operação Escudo foi deflagrada pela Polícia Militar depois que um PM foi morto em região dominada por traficantes de drogas, o que não justifica a matança ocorrida na sequência.

Tarcísio, que pode ser chamado de “turista acidental” da política, não conhece a principal unidade da federação e tenta resolver os problemas sociais com violência. O resultado da operação policial não poderia ser outro, uma vez que o secretário de Segurança Pública, Guilherme Derrite, é capitão da reserva da PM paulista e foi comandante da Rondas Ostensivas Tobias de Aguiar (Rota), cujos policiais torturaram e mataram a esmo na cidade litorânea.

Enquanto o governador tentava minimizar a ação policial e falava em oito mortos, a Ouvidoria da Polícia afirmava que dez pessoas haviam morrido na operação. Nesta terça-feira (1), a Secretaria de Segurança Pública (SSP) anunciou que subiu para 12 o número de mortos. Além das mortes, a pasta informou que foram presas 32 pessoas e apreendidos mais de 20 kg de drogas.

A operação, segundo o governo estadual, segue até final de agosto na Baixada Santista. De acordo com a SSP, o objetivo da ação é de repressão ao tráfico de drogas e ao crime organizado. Desde o início da operação, a série de mortes tem alertado autoridades e o governo federal.

 
Na segunda-feira o ministro da Justiça, Flávio Dino, disse que a ação “não parecia ser proporcional”. A Ouvidoria da Polícia informou que está na região recebendo denúncias de excessos dos agentes envolvidos na operação. O Ministério Público também acompanha o caso.

A maioria dos respectivos boletins de ocorrência cita confrontos de pessoas armadas com os policiais. A família de um dos mortos confronta a versão e garante que o homem foi tirado de casa enquanto estava com o filho no colo, arrastado e executado. A SSP não se manifestou sobre o tema, mas tudo aponta na direção do que se conhece como “operação vingança”.

Sobre as mortes, a secretaria disse que imagens das câmeras corporais serão anexadas aos inquéritos em curso e estão disponíveis.

Tarcísio de Freitas, um fantoche bolsonarista à frente do mais importante estado brasileiro, está no caminho errado, principalmente se sua postura decorre de interesse eleitoral para 2026.

Na Assembleia Legislativa de São Paulo (Alesp), a “bancada da bala”, formada por parlamentares adeptos do estilo “bate, arrebenta e mata”, já cobra do governador a remoção das câmeras dos uniformes dos policiais. Em suma, os ditos conservadores querem garantir impunidade a quem promover matança.


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