Ucrânia informa ter evitado ataque contra Volodymyr Zelensky

 
O serviço de segurança da Ucrânia (SBU) divulgou nesta segunda-feira (7) que deteve uma informante suspeita de auxiliar a Rússia em um ataque contra o presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, por ocasião de vista a uma região atingida por enchentes em Mykolaiv, no Sul do país.

De acordo com o SBU, a mulher detida estava reunindo informações para descobrir o itinerário de Zelensky antes da visita. O órgão também divulgou uma imagem borrada dela sendo detida por policiais mascarados na cozinha de uma casa, bem como mensagens telefônicas e anotações de atividades militares.

No serviço de mensagens Telegram, Zelensky confirmou que foi informado pelo chefe do SBU sobre a “luta contra os traidores” – regularmente, a Ucrânia acusa residentes de áreas que apoiam a Rússia de repassar informações a militares russos.

Recentemente, Zelensky visitou Mykolaiv duas vezes: em junho, depois que a região foi atingida por inundações causadas pelo rompimento da barragem de Kakhovka, e em julho, após um bombardeio.

O SBU afirmou que estava ciente da ameaça e, por isso, adotou medidas de segurança adicionais durante a visita de Zelensky.

A suspeita era de que a mulher estaria ajudando a Rússia a preparar um “ataque aéreo maciço na região de Mykolaiv”. Supostamente, ela buscava informações sobre a localização de sistemas eletrônicos de guerra e depósitos de munição.

 
Pena de até 12 anos de prisão

O SBU informou também que prendeu a mulher em flagrante quando ela tentava repassar dados para os serviços secretos russos. Antes, ela havia sido monitorada para que a organização obtivesse mais informações sobre os agentes russos, para os quais ela trabalharia, e suas atribuições.

A suspeita seria moradora da pequena cidade de Ochakiv, na região de Mykolaiv, e havia trabalhado em uma loja de uma base militar naquela área, onde fez fotografias e tentou obter informações por meio de contatos pessoais.

Ela pode ser acusada de divulgação não autorizada de informações a respeito da movimentação de tropas e armas e, se condenada, poderá cumprir pena de até 12 anos de prisão.

Soldados ucranianos libertados

Também nesta segunda-feira, a Ucrânia anunciou que pelo menos 22 soldados ucranianos foram libertados de cativeiros russos, alguns deles feridos após lutarem em diferentes frentes na guerra. A informação foi divulgada pelo gabinete presidencial do país.

Conforme escreveu no Telegram o chefe de gabinete, Andrii Yermak, “o mais velho dos nossos soldados tem 54 anos, e o mais jovem, 23”. Eles receberão ajuda médica e psicológica.

Desde que a Rússia invadiu a Ucrânia, em fevereiro de 2022, os dois países já realizaram diversas trocas de prisioneiros. Na maioria dos casos, as partes costumam trocar o mesmo número de combatentes.

Estima-se que cerca de 2,6 mil ucranianos já retornaram de cativeiros russos desde o início da guerra, de acordo com os números de Kiev. (Com agências internacionais)


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