Mauro Cid complica Bolsonaro e acusa Michelle, “Dudu Bananinha”, Onyx e Magno Malta de incentivar golpe

 
Desde a campanha presidencial de 2018 até o final do ano passado, o UCHO.INFO afirmou reiteradamente que Jair Bolsonaro tentaria dar um “cavalo de pau” na democracia brasileira. Mesmo diante das muitas investidas fracassadas do golpista, a turba bolsonarista nos atacou de todas as maneiras.

Quando o tenente-coronel Mauro César Barbosa Cid foi preso, afirmamos que o ex-ajudante de ordens de Bolsonaro não ficaria em silêncio caso fosse abandonado, o que de fato ocorreu. Na sequência, seu pai, o general da reserva Mauro César Lourena Cid, avisou, sem meias palavras, que o abandono sairia caro.

Colocado em liberdade monitorada pelo Supremo Tribunal Federal (STF) após acordo de colaboração premiada selado com a Polícia Federal, Mauro Cid “soltou a voz” e não poupou Bolsonaro e seus quejandos. A PF continua buscando comprovar as informações fornecidas por Cid no âmbito da delação.

Entre os muitos detalhes disponibilizados aos policiais federais, Mauro Cid acusou a ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro e o deputado federal Eduardo Bolsonaro de incentivarem o então presidente da República a dar um golpe de Estado. Michelle e Eduardo alegavam que Bolsonaro tinha o apoio da população e dos atiradores esportivos, conhecidos como CACs (Colecionador, Atirador Desportivo e Caçador).

 
O tenente-coronel também declarou aos investigadores que Jair Bolsonaro era contra a desmobilização dos acampamentos de golpistas em frente de quarteis em todo o País. Isso porque o golpista acreditava que algum indício de fraude nas urnas seria encontrado, respaldando a tentativa de golpe. Para piorar a situação de Bolsonaro, o ex-ajudante de ordens disse que jamais foram encontrados indícios de fraude nas urnas eletrônicas eleitorais.

Mauro Cid foi além em seu depoimento e afirmou que além de Michelle e Eduardo, duas pessoas próximas a Bolsonaro incentivaram o gole: Magno Malta (PL-ES), agora senador da República, e Onyx Lorenzoni (PL-RS), sabujo de primeira hora que em 2018 foi derrotado na corrida ao Palácio Piratini, sede do Executivo gaúcho.

Considerando o estrago já produzido pelos depoimentos de Mauro Cid, a situação de Bolsonaro tende a piorar sobremaneira a partir de agora, principalmente pelo fato de que o ex-ajudante de ordens não tem como voltar atrás em suas declarações. A Cid resta fornecer mais detalhes à PF e facilitar o trabalho dos investigadores na comprovação do que foi revelado até o momento. É questão de sobrevivência.


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