Plenário do Senado aprova, por 47 votos a 31, a indicação de Flávio Dino para o STF

 
Após sabatina de quase dez horas na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ), o plenário do Senado Federal aprovou em votação secreta, nesta quarta-feira (13), a indicação de Flávio Dino para vaga no Supremo Tribunal Federal.

Escolhido pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), o atual ministro da Justiça precisava 41 votos favoráveis dos 81 senadores. Dino recebeu apoio de 47 senadores e o voto contra de 31. Na CCJ, o placar foi de 17 votos a favor e 10 contrários à indicação.

Na sabatina, Flávio Dino foi cobrado pelos senadores de oposição por declarações e atos como ministro da Justiça. Ele evitou confrontos e se conteve nas respostas ao ponto de opositores comentarem que ali estava um “outro Dino”.

Dono de fala concatenada, Dino disse, no discurso que antecedeu a sabatina, que a presença de políticos nas Supremas Cortes “não é estranha” e destacou que serve para firmar a harmonia entre os Poderes. Além disso, fez acenos ao Congresso, ressaltando seu respeito pela política e ressaltando que receberá os parlamentares “sem nenhum medo, receio ou preconceito”.

Flávio Dino defendeu o Poder Judiciário durante a sabatina ao rebater ataques do senador Magno Malta (PL-ES) ao STF. É importante lembrar que Malta é um dos sabujos que gravitam na órbita do golpista Jair Bolsonaro.

O ministro da Justiça declarou que, como instituição humana, a Corte não é perfeita, mas não poderia concordar ‘com a ideia de que todos os ministros, todas as ministras que por ali passaram ao longo de décadas e os atuais sejam inimigos da Nação’.

“Não existe ditadura judicial no Brasil. Tanto é que o senhor (Magno Malta) está aqui como senador falando o que o senhor está falando”, respondeu.


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