Em 2013, SP foi abaixo por R$ 0,20 na tarifa do ônibus; Tarcísio aumentou Metrô e CPTM e o povo está calado

 
É difícil compreender a complacência dos brasileiros diante dos escárnios que brotam do universo político. Absurdos acontecem dia após dia, sem que a população reaja na mesma proporção. A pasmaceira que toma conta da sociedade incentiva a classe política a continuar agindo contra os interesses do cidadão.

Governador de São Paulo e bolsonarista de primeira hora, Tarcísio de Freitas, o turista acidental que se instalou no Palácio dos Bandeirantes, anunciou nesta quinta-feira (14) o aumento do valor das passagens do Metrô e dos trens da CPTM, que passa de R$ 4,40 para R$ 5,00.

A medida surpreendeu o prefeito da capital paulista, Ricardo Nunes, que de olho na reeleição implantou tarifa zero nos ônibus urbanos aos domingos. A decisão de Tarcísio compromete a manobra eleitoreira do prefeito paulistano, alvo de enxurrada de críticas da população.

Por outro lado, vale lembrar, a gratuidade nos ônibus da cidade de São Paulo aos domingos sairá de alguma maneira do bolso do contribuinte. Considerando que orçamento da Prefeitura de SP não tem espaço para invencionices eleitoreiras, alguns serviços essenciais à população serão comprometidos, como por exemplo, o atendimento nos postos de saúde, que já é precário. Para que os leitores possam avaliar, o agendamento de consulta médica através do SUS em algumas regiões da cidade está demorando até seis meses.

Em junho de 2013, na esteira dos escândalos de corrupção que deram contorno ao esquema criminoso conhecido popularmente como Petrolão, a maior cidade brasileira, São Paulo, foi palco de protestos e depredações pelo fato de a passagem de ônibus ter saltado de R$ 3,00 para R$ 3,20, ou seja, por causa de 20 centavos de real o País, a partir da capital paulista, foi abaixo. Naquele ano, a petista Dilma Rousseff ainda estava na Presidência da República.

Em relação à decisão do governador Tarcísio de Freitas, é importante destacar que o Metrô, assim como aconteceu com a Sabesp, corre o risco de ser privatizado. Para os consórcios que miram o Metrô, nada melhor do que adquirir uma empresa de transporte público com tarifa majorada.

Ao longo dos anos, temos insistido na importância de o brasileiro se interessar pelas questões política e principalmente pelas decisões dos governantes, mas parece que o Brasil é o paraíso do “faz de conta”. Ainda é tempo para uma reação à altura dos desmandos.


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