O presidente Luiz Inácio Lula da Silva informou a assessores próximos que Ricardo Lewandowski, ex-ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) substituirá Flávio Dino no comando do Ministério da Justiça e da Segurança Pública. Dino foi indicado por Lula para o STF na vaga aberta com a aposentadoria compulsória da ministra Rosa Weber.
O presidente da República reuniu-se com Lewandowski na última segunda-feira (8), no Palácio da Alvorada, ocasião em que foi feito o convite para que o ex-ministro passe a integrar o governo petista.
O anúncio ainda não foi oficializado, uma vez que Ricardo Lewandowski solicitou alguns dias para se desligar de alguns compromissos na iniciativa privada. Além disso, o futuro ministro condicionou o convite à escolha dos assessores diretos, assunto que tem agitado os bastidores do governo.
Ao ser indicado ao STF, Flávio Dino pediu ao chefe do Executivo a manutenção de Ricardo Cappelli no posto de secretário-executivo da pasta, mas Lewandowski não concorda com essa condicionante.
Ex-secretário de Comunicação de Flávio Dino no governo do Maranhão, Cappelli foi responsável pela intervenção na Segurança Pública do Distrito Federal após os atos golpistas de 8 de janeiro de 2023. Por conta desse detalhe, Lula terá de acomodar Cappelli em cargo de destaque no governo.
Até o nome de Lewandowski começar a circular como provável ministro da Justiça, Ricardo Cappelli trabalhava nas coxias do poder, com o apoio de Dino, para assumir a pasta. Contudo, a investida não prosperou.
Além disso, a chegada de Ricardo Lewandowski ao comando da Justiça deve abrir uma frente de conflito do PSB com o Palácio do Planalto, uma vez que a legenda insiste na tese de que o ministério era uma sesmaria. Antes de concorrer ao Senado, nas eleições de 2022, Dino deixou o PcdoB e se filiou ao PSB.
Impasses à parte, Lula já informou ao Supremo que Ricardo Lewandowski assumirá o Ministério da Justiça e Segurança Pública nos próximos dias. A nomeação deverá acontecer até o próximo final de semana.
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