Israel mata palestinos que aguardavam ajuda humanitária e diz que militares se sentiram acuados

 
O grupo Hamas acusou as forças israelenses de dispararem contra uma multidão de civis que, em fila, aguardava para receber ajuda humanitária em região próxima à cidade de Gaza, a principal do enclave palestino. O covarde ataque ocorreu na manhã desta quinta-feira (29).

De acordo com o Hamas, 112 pessoas morreram e outras 280 ficaram feridas, algumas em estado grave. O grupo palestino, em comunicado, acusou Israel de empreender “uma guerra genocida” e de cometer “assassinatos em massa e uma limpeza étnica”.

Como sempre acontece, o governo criminoso de Benjamin Netanyahu minimizou mais uma investida genocida, alegando que a violência partiu dos palestinos. Somente alguém com comprometimento do raciocínio é capaz de acreditar que pessoas acuadas e famintas, à espera de ajuda, tenham reagido contra as forças israelenses.

A desfaçatez do governo de Tel Aviv é tamanha, que as forças de defesa israelenses afirmaram ter matado dez palestinos, não os 112 informados pelo Hamas, porque se sentiram acuados e sob ameaça. Militares fortemente armados sentiram-se acuados e ameaçados por pessoas famintas que enfrentam uma ação genocida?

Independentemente do tumulto ocorrido por conta da chegada de ajuda humanitária, os tiros disparados pelos militares israelenses agravaram o cenário, fazendo com que palestinos fossem atropelados e pisoteados.

Se o foco de Israel é o Hamas, que os militares israelenses atuem especificamente nessa direção, não dizimando civis inocentes e famintos que nada têm a ver com as ações do grupo palestino, o qual precisa ser igualmente responsabilizado e punido por seus atos.

No comunicado, o Hamas solicitou que todos os cidadãos de nações árabes e islâmicas protestem “contra o massacre do povo palestino” e cobrem de seus respectivos governos uma posição firme “contra crimes de guerra israelenses”.

Os governos da Jordânia e do Egito se manifestaram prontamente. O governo de Amã, em nota divulgada pela chancelaria, afirmou que condena “o brutal ataque das forças de ocupação israelenses contra palestinos que apenas esperavam ajuda”. É importante salientar que a rainha Rania, da Jordânia, é filha de palestinos da cidade de Tulkarm, na Cisjordânia.

O governo egípcio, também por meio de seu chanceler, em nota descreveu o ataque das forças de Israel como desumano. “Consideramos o ataque a civis que estavam apenas aguardando ajuda um crime vergonhoso e uma violação do direito internacional”, destaca a notado governo do Cairo.


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