Presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), o ministro Luís Roberto Barroso rejeitou pedido de líderes da bancada evangélica no Congresso Nacional para que o julgamento sobre a descriminalização do porte de drogas para uso pessoal seja adiado. O julgamento será retomado nesta quarta-feira (6) no plenário do STF.
Em reunião na noite de terça-feira (5), com deputados e senadores, Barroso disse que o Supremo em análise não está a liberação das drogas, mas os parâmetros que possibilitem diferenciar tráfico do porte para uso pessoal.
“Não vamos liberar a maconha. Eu sou contra as drogas e sei que é uma coisa ruim e é papel do Estado combater o uso de drogas ilegais e tratar o usuário”, disse o ministro.
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Durante o encontro com parlamentares, Barroso lembrou que o Congresso derrubou a pena de prisão para o porte de drogas. O ministro disse que o grande problema na lei vigente é a falta de critérios objetivos para diferenciar o traficante do usuário.
“Se um garoto branco, rico e da Zona Sul do Rio é pego com 25g de maconha, ele é classificado como usuário e é liberado. No entanto, se a mesma quantidade é encontrada com um garoto preto, pobre e da periferia, ele é classificado como traficante e é preso. Isso que temos que combater”, afirmou Barroso. “E é isso que será julgado no Supremo esta semana.”
O presidente do STF se dispôs a discutir conjuntamente com a bancada evangélica alternativas para o combate ao tráfico de drogas por meio de políticas públicas. O cenário atual facilita a atuação dos traficantes e impulsiona uma máquina de corrupção operado por alguns policiais.
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