Lula precisa deixar de lado os discursos sobre o fracassado golpe e priorizar a reconstrução do País

 
Nesta segunda-feira (18), o presidente Luiz Inácio Lula da Silva realizou a primeira reunião ministerial do ano, no Palácio do Planalto, cobrando da equipe mais resultados, em especial nas áreas da Saúde, Educação e Desenvolvimento Social. O encontro foi marcado após pesquisas de opinião apontarem queda na popularidade de Lula e do próprio governo.

No campo da macroeconomia o Brasil começa a retomar o passo, mas é preciso que esse movimento chegue à população, principalmente aos mais pobres, que continuam enfrentando os efeitos colaterais de seguidas crises econômicas.

Na abertura da reunião, Lula falou sobre a fracassada tentativa de golpe, em 8 de janeiro do ano passado, e chamou Jair Bolsonaro de “covardão”, pois, segundo o petista, “não teve coragem” de levar adiante o plano golpista.

“Não teve golpe não só porque algumas pessoas que estavam no comando das Forças Armadas não quiseram fazer, não aceitaram a ideia do [ex-]presidente, mas também porque o [ex-]presidente é um covardão”, declarou.

Durante a campanha presidencial de 2022 e após ser eleito, o petista falou reiteradas vezes em unificar e pacificar o País, mas não é isso que vem acontecendo desde seu retorno ao Palácio do Planalto.

A polarização, que nos últimos anos vem emoldurando a política brasileira, não pode ser prioridade de um governo que tem muitos desafios pela frente. O Brasil precisa resgatar sua importância no cenário internacional, como já acontece, mas a retomada econômica é extremamente necessária para minimizar as agruras enfrentadas diariamente pela população.

O caso da fracassada tentativa de golpe, liderada por Bolsonaro e seus golpistas de plantão, não é assunto que compete a Lula, mas, sim, à Polícia Federal e ao Supremo Tribunal Federal (STF), onde tramitam as respectivas ações penais.

Sabe-se que em anos de eleições qualquer episódio, não importando a magnitude, é transformado em arma de campanha, mas é necessário que a tentativa de golpe de Estado fique circunscrita à Justiça, a quem cabe julgar e, se for o caso, condenar.


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