Secretário de Defesa dos EUA afirma que americanos “não vão deixar a Ucrânia cair”

 
O governo dos Estados Unidos anunciou nesta terça-feira (19) que “não vão deixar a Ucrânia cair”. O anúncio foi feito pelo secretário de Defesa norte-americano, Lloyd Austin. No contraponto, a ajuda estadunidense para armamento continua bloqueada no Congresso.

Austin falou na abertura de reunião do grupo dos aliados da Ucrânia, responsável pela coordenação do apoio militar ao país. Nesta terça acontece a 20ª reunião do Grupo de Contato de Defesa da Ucrânia, que coordena a entrega de armas a Kiev. O encontro acontece na base aérea americana de Ramstein, na Alemanha.

No discurso de abertura, Lloyd Austin disse que a Rússia pagou “custo impressionante” pela guerra, repetindo as estimativas de que ao menos 315 mil soldados russos foram mortos ou feridos no conflito, que custou até agora aproximadamente US$ 211 bilhões.

“As tropas ucranianas enfrentam condições difíceis e combates duros. E os civis da Ucrânia enfrentam barragem constante de mísseis russos e drones iranianos”, disse Austin. “Mas a Ucrânia não vai recuar. E os Estados Unidos também não”, completou.

O encontro de Ramstein ocorre uma semana após os responsáveis pela defesa dos EUA destinarem US$ 300milhões para financiar novo pacote de ajuda militar à Ucrânia, retirando armas armazenadas pelo Pentágono.


 
Os recursos, conhecidos como “injeção única”, permitiram ao Departamento de Defesa retirar armas e equipamento dos paióis do Pentágono e enviá-los para a Ucrânia. O valor disponível será utilizado na aquisição de equipamentos de reposição, garantindo material bélico às Forças Armadas dos EUA. Contudo, autoridades americanas alegaram ao longo dos últimos meses insistiram na impossibilidade de retirada de armas pela falta de recursos para reposição.

O Congresso norte-americano é palco de um impasse no âmbito da nova proposta suplementar de US$ 95 bilhões, que inclui US$ 60 bilhões de ajuda militar à Ucrânia. Há no Parlamento apoio bipartidário para o pacote de ajuda a Kiev, mas alguns republicanos opõem-se à proposta. Por esse motivo, o presidente da Câmara dos Representantes, Mike Johnson, recusou-se a colocar o projeto em votação.

Os responsáveis pela defesa dos EUA alertam para o perigo de a Ucrânia ser ultrapassada militarmente pela Rússia no cenário da guerra, ao mesmo tempo em que destacam relatos das tropas ucranianas sobre racionamento ou falta de munição nas frentes de combate. Em fevereiro, as tropas ucranianas retiraram-se da cidade oriental de Avdiivka, onde, em menor número, resistiram aos ataques russos durante quatro meses.

Considerando que as necessidades dos ucranianos no campo de batalha são urgentes, a questão tempo joga contra aqueles que ainda resistem às investidas criminosas de Moscou. Após reeleição fraudulenta, Vladimir Putin já prometeu mais investimentos na área militar, decisão que, se confirmada, coloca a Europa na alça de mira do ditador russo. (Com agências internacionais)


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