(*) Lêda Lacerda
Tenho notado que os dias têm sido abreviados, os ponteiros dos nossos relógios não acompanham mais o tempo, as pessoas não estão percebendo a veracidade das coisas.
Tenho notado também que os sentimentos não são mais intensos, que o respeito virou jogo de indiretas em redes sociais e o amor não tem lugar para se abrigar.
Hoje acordei um pouco diferente de ontem e decidi não nutrir o que este mundo tem me oferecido, mas abraçar o que eu posso viver, sentir, realizar neste tempo tão apressado e improvisado.
Não quero mais ter que esbarrar com a mediocridade humana ou ter que parar para ouvir alguém falar mal do outro.
Não quero ocupar minha mente com este tanto de hipocrisia que leio, que vejo, que ouço. Quero oferecer o melhor que tenho e contribuir de alguma maneira para a tal mudança que tanto espero, que tanto quero.
As pessoas invejam o que não admiram, tentam destruir o que não conseguem obter.
A ofensa virou moda, a concorrência virou estrada de gente tola. A conclusão a que chego é que se não tomarmos cuidado viraremos reféns da maldade alheia.
Ame a Deus acima de tudo e de todos, viva a vida sem perder tempo com aquilo que em nada te acrescenta.
Faça o bem… e só ofereça o seu melhor a alguém.
(*) Lêda Lacerda – paulistana, estudou no Colégio Rio Branco e formou-se em enfermagem pela USP. Sempre se interessou por moda e nas horas vagas por escrever sobre experiências de vida. Anos mais tarde, ingressou profissionalmente no universo da moda, tendo também se dedicado à formação de modelos e atores. A paixão pela escrita permanece até hoje, hobby que usa para traduzir em letras a emoção e o amor que marcam seu cotidiano.
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