Os reflexos imediatos de eventual ampliação dos conflitos no Oriente Médio

 
Eventual acirramento das tensões no Oriente Médio não interessa a nenhum dos países da região, em especial para Israel, que tem no genocídio da Faixa de Gaza uma fonte de críticas internacionais. Abrir nova frente de beligerância, desta vez com o Irã, é algo que não está descartado por Tel Aviv, mas seria demonstração de imprudência por parte do governo de Benjamin Netanyahu.

Após o ataque aéreo iraniano no último sábado (13), o governo israelense decidiu que dará uma resposta a Teerã, mas ainda não foi definido quando e como isso ocorrerá. Caso atenda aos apelos internacionais para evitar uma escalada dos conflitos na região, Netanyahu corre o risco de ser ejetado do cargo muito antes do previsto.

Pressionado por opositores a adotar um cessar-fogo na Faixa de Gaza e resgatar os reféns em poder do grupo radical islâmico Hamas, Netanyahu tem usado o conflito para se manter no posto, mas o prazo de validade dessa estratégia está perto do fim.


 
No caso de Tel Aviv não responder ao ataque iraniano, a permanência de Netanyahu no posto de primeiro-ministro será abreviada, situação que o deixará vulnerável no âmbito das ações judiciais de que é alvo por corrupção, suborno e abuso de poder.

Aliados de primeira hora dos israelenses, os Estados Unidos já afirmaram que não participarão de qualquer retaliação ao Irã. O presidente Joe Biden, que dentro de alguns meses tentará a reeleição, tenta evitar o pior no cenário doméstico. Esse posicionamento da Casa Branca tem uma explicação: China e Rússia são aliadas de Teerã. Um descompasso no cenário internacional seria desvantajoso para Biden.

Um possível confronto entre Israel e Irã produzirá reflexos no preço do petróleo no mercado internacional, que por enquanto permanece estável. Contudo, a cotação da moeda norte-americana registra alta nesta segunda-feira (15). O dólar comercial, que ao longo do dia chegou a valer R$ 5,20, às 16h35 era comercializado por R$ 5,18m, alta de 1,27%. Esse conjunto de fatores faria com que a economia global, já impactada pela guerra na Ucrânia, enfrentasse novos solavancos.


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