PF irá aos Estados Unidos para avançar na investigação sobre venda ilegal de joias por Bolsonaro

 
A Polícia Federal decidiu ir aos Estados Unidos para avançar na investigação sobre a venda de joias e relógios de luxo presenteados ao governo brasileiro e que o ex-presidente Jair Bolsonaro, por intermédio de assessores, vendeu no exterior. O escândalo foi descoberto a partir da “Operação Lucas 12:2”, referência ao versículo bíblico “Não há nada escondido que não venha a ser descoberto, ou oculto que não venha a ser conhecido”.

Os investigadores foram autorizados a fazer diligências em território americano para concluir investigação sobre o escândalo. Um delegado e um agente da PF embarcarão para os Estados Unidos no próximo dia 25 de abril. As diligências estão programadas para as cidades de Miami (Flórida), Wilson Grove (Pensilvânia) e Nova York (NY).

A primeira etapa da cooperação internacional foi concluída com o envio de documentos e informações bancárias dos envolvidos nas investigações. Na segunda fase, nos EUA, os agentes da PF também farão entrevistas e tomada de depoimentos dos proprietários dos estabelecimentos onde as joias e os relógios foram vendidos e recomprados às pressas por pessoas ligadas a Bolsonaro.

Todas as solicitações feitas pela PF foram autorizadas pelas autoridades norte-americanas, ou seja, os pedidos estão em conformidade com a legislação local. É importante ressaltar que se há um crime que os Estados Unidos combatem com firmeza é a lavagem de dinheiro.

Entre os objetos negociados nos Estados Unidos estavam um conjunto de joias composto por um relógio da marca Rolex de ouro branco, um anel, abotoaduras e um masbaha, similar a um rosário, utilizado principalmente por seguidores do islamismo.

Além do conjunto de joias, um relógio da renomada marca suíça Patek Philippe. O desespero em se desfazer dos presentes doados pelos governos da Arábia Saudita e do Bahrein era tamanho, que os relógios Rolex e Patek Philippe foram vendidos por US$ 68 mil, valor muito abaixo do valor de mercado.

Um conjunto de joias da marca Chopard foi consignado a uma casa de leilões de Nova York, mas não chegou a ser arrematado. As joias foram levadas aos EUA no mesmo voo da FAB que que serviu para Bolsonaro se refugiar na Florida.


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