A polícia alemã baleou nesta quinta-feira (5) um suspeito próximo a um arquivo de documentos da era nazista e ao Consulado-Geral de Israel em Munique, na Baviera, a poucos metros do centro histórico da cidade.
Ainda não está claro se o caso tem relação com um suposto atentado. A região foi isolada e a polícia pediu que moradores evitem o local.
“Forças policiais atiraram em um suspeito na região da Karolinenplatz”, informou o órgão via redes sociais. A polícia, porém, diz não ter indícios de uma ação em outros lugares ou outros suspeitos além da pessoa baleada.
O episódio ocorre no mesmo dia do atentado terrorista de 1972 nos Jogos Olímpicos de Munique, quando o grupo palestino “Setembro Negro” assassinou onze integrantes da equipe israelense.
Polícia diz que suspeito estava armado
De acordo com o ministro do Interior da Baviera, Joachim Herrmann, o suspeito, que acabou morrendo, chegou a trocar tiros com os policiais. Ele estaria portando uma arma de cano longo, segundo a polícia.
Em vídeo publicado na rede social X por um repórter do jornal alemão “Sueddeutsche Zeitung” é possível ouvir diversos disparos.
Segundo a imprensa alemã, o suspeito é um rapaz nascido em 2006 na Áustria. O semanário alemão “Der Spiegel” alega que ele já era conhecido pelas autoridades de segurança como islamista.
Ministra agradece à polícia
Perguntada sobre o episódio durante uma coletiva de imprensa que tratava de outro tema, a ministra alemã do Interior, Nancy Faeser, disse nesta quinta-feira que não queria se precipitar com especulações, mas que o caso era “sério”.
Faeser agradeceu à polícia de Munique pela reação e disse a repórteres que a “proteção de instalações judaicas e israelenses tem a mais alta prioridade”.
O Ministério do Exterior de Israel disse que o consulado estava fechado no momento dos tiros, por causa de um evento em memória do ataque de 1972, e que nenhum funcionário da representação diplomática foi ferido.
A Alemanha, assim como vários outros países na Europa, tem estado alerta para potenciais riscos de segurança a instalações israelenses em meio à guerra em Gaza e às tensões no Oriente Médio desde o ataque terrorista de 7 de outubro a Israel.
O atentado foi condenado pelo presidente de Israel, Isaac Herzog. Após um telefonema com o seu homônimo alemão, Frank-Walter Steinmeier, Herzog agradeceu às autoridades de segurança pela ação rápida. (Com Deutsche Welle e agências internacionais)
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