PGR pede condenação de acusados pelo assassinato de Marielle Franco e Anderson Gomes

A Procuradoria-Geral da República (PGR) pediu nesta terça-feira (13) ao Supremo Tribunal Federal (STF) a condenação dos acusados de envolvimento no assassinato da vereadora Marielle Franco e do motorista Anderson Gomes, ocorrido em 14 de março de 2018, no Rio de Janeiro.

Na manifestação, a PGR defendeu a condenação de Domingos Brazão, conselheiro do Tribunal de Contas do Rio de Janeiro (TCE-RJ); do ex-deputado federal Chiquinho Brazão, irmão de Domingos; do ex-chefe da Polícia Civil do Rio de Janeiro, Rivaldo Barbosa; do major Ronald Alves de Paula, da Polícia Militar fluminense; e do ex-policial militar Robson Calixto, assessor de Domingos.

O pedido de condenação faz parte das alegações finais do caso, última etapa antes do julgamento do processo. Nas alegações, o vice-procurador Hindenburgo Chateaubriand defende que os acusados devem ser condenados pelos crimes de organização criminosa e homicídio. As provas obtidas na investigação comprovam a participação dos acusados no bárbaro crime, destaca Chateaubriand.

“Os fatos que se seguiram e que culminaram na execução de Marielle e do motorista Anderson Gomes, além da tentativa de homicídio de Fernanda Gonçalves [assessora da vereadora], devidamente descritos na denúncia, são conhecidos e foram suficientemente tratados e comprovados na ação penal pertinente, que tramitou perante o órgão competente do Poder Judiciário do Estado do Rio de Janeiro”, afirmou Chateaubriand.

De acordo com a delação premiada do ex-policial Ronnie Lessa, que confessou ser o autor dos disparos contra a vereadora, os irmãos Brazão e Rivaldo Barbosa foram os mandantes do crime. Barbosa, segundo o delator, participou dos preparativos da execução do crime. O major Ronald é acusado de ter monitorado a rotina da vereadora e repassado as informações para o grupo. Robson Calixto, de acordo com a delação, foi quem entregou a arma do crime a Lessa.

Investigação da Polícia Federal revela que o assassinato de Marielle Franco teve relação com o posicionamento da então vereadora contra interesses do grupo político liderado pelos irmãos Brazão em áreas controladas por milícias no Rio de Janeiro.

Nos depoimentos prestados durante a fase de instrução processual, os acusados negaram participação no assassinato. O relator do caso é o ministro Alexandre de Moraes, a quem cabe marcar a data do julgamento, que pode ocorrer neste ano.

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