A extrema direita brasileira está se desentendo. O que antes ocorria nas coxias do radicalismo direitista, agora está à vista da opinião pública. Até então, eventuais candidatos da direita ao Palácio do Planalto tomavam cuidado para não desagradar o golpista Jair Bolsonaro, que continua apostando no projeto de anistia para tentar voltar ao poder.
Sem qualquer sinal de disposição para indicar um nome para concorrer na eleição presidencial de 2026, Bolsonaro adota um discurso dual ara confundir o eleitorado.
Enquanto isso, o golpista incensa alguns nomes, como, por exemplo, o de Michelle Bolsonaro e o de Eduardo o Bolsonaro, o filho “03”, que fugiu para os Estados Unidos a bordo da desculpa de tentar impor sanções ao ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF).
Trama golpista
A situação de Bolsonaro no âmbito da trama golpista, que já era delicada, piorou sobremaneira com o depoimento do general Marco Antônio Freire Gomes, ex-comandante do Exército, que após carraspana de Alexandre de Moraes desistiu de salvar os mentores do fracassado golpe de Estado.
Ex-comandante da Força Aérea Brasileira (FAB), o tenente-brigadeiro do ar Carlos de Almeida Baptista Júnior confirmou nesta quarta-feira (21) que a cúpula das Forças Armadas discutiu a possibilidade de prender Alexandre de Moraes, que seria solto em seguida pelo próprio STF.
Demissão
O mais recente capítulo da novela direitista tem como destaque a demissão de Fábio Wajngarten, ex-assessor de Bolsonaro e responsável pela relação do golpista com a imprensa.
Wajngarten foi demitido pelo presidente nacional do PL, Valdemar Costa Neto, a mando de Michelle Bolsonaro, que não gostou do teor das mensagens trocadas entre o ex-assessor e o tenente-coronel Mauro Cid.
Nas mensagens, Wajngarten afirma que em eventual disputa entre Lula e Michelle sua preferência é pelo petista. Mauro Cid responde com um “idem”. O vazamento das mensagens irritou não apenas Michelle, mas também e principalmente Jair Bolsonaro. Considerando que Costa Neto deve obediência a Bolsonaro, a demissão do agora ex-assessor era caminho sem volta.
Silas Malafaia
Para completar o calvário direitista, o pastor Silas Malafaia, um entusiasta do golpismo, afirmou à jornalista Monica Bergamo coluna que a demissão de Wajngarten é uma “covardia” que legitima o que ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) estão fazendo contra Bolsonaro.
Malafaia disse que julgar um assessor com base em conversas privadas vazadas pela imprensa é “usar o mesmo expediente que usam contra nós. Se nós fazemos isso, [o ministro do STF] Alexandre e Moraes pode fazer também”, diz ele. “Aquilo que de que nós reclamamos, fazemos igual?”
“Se eu publicar as minhas conversas privadas com o Bolsonaro, o mundo vai desabar. É uma conversa entre amigos”, completou Malafaia.
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