Continuam as apostas sobre o nome que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva indicará para o Supremo Tribunal Federal (STF), na esteira da vaga que será aberta, no próximo sábado (18), com a aposentadoria antecipada do ministro Luís Roberto Barroso.
Lula disse, recentemente, que indicará ao posto uma “pessoa gabaritada”, não um amigo. “Eu quero uma pessoa, não sei se mulher ou homem, não sei se preto ou branco, eu quero uma pessoa que seja antes de tudo uma pessoa gabaritada para ser ministro da Suprema Corte”, afirmou.
“Eu não quero um amigo. Eu quero um ministro da Suprema Corte que terá como função específica cumprir a Constituição brasileira. É essa a qualidade que eu quero. É a única. Foi assim com todos os ministros que eu indiquei até agora ou as ministras e vai continuar sendo assim”, completou.
Apesar das declarações evasivas, Lula tem no radar ao menos três nomes: Jorge Messias, advogado-geral da União; Rodrigo Pacheco, senador por Minas Gerais e ex-presidente do Congresso Nacional; e Bruno Dantas, ministro do Tribunal de Contas da União (TCU).
Jorge Messias lidera as apostas na corrida ao STF, mas não é um nome que empolga o universo do Direito. Notório saber jurídico à parte, tem a seu favor a lealdade a Lula e o fato de ser evangélico, o que agrada parte da comunidade evangélica, detalhe importante no projeto de reeleição de Lula.
Rodrigo Pacheco tem a confiança do presidente da República, que com a eventual indicação flerta com melhora da governabilidade até as eleições de 2026. Pacheco tem o apoio dos senadores. Caso não seja indicado ao STF, poderá disputar o governo de Minas Gerais.
Correndo por fora, Bruno Dantas traz na bagagem alguns detalhes que devem ser considerados. Por indicação de Lula integrou o Conselho Nacional do Ministério Público (2009-2011). Em 2014, Dantas foi indicado ao TCU por Dilma Rousseff. De 2011 a 2011, integrou o Conselho Nacional de Justiça (CNJ), também por indicação de Dilma. O ministro do TCU é casado com Camila Camargo, CEO do Esfera Brasil, organização que reúne empresários, empreendedores e boa parte do PIB nacional.
Em seu discurso de despedida, Luís Roberto Barroso defendeu a indicação de uma mulher para o STF. Entre as cotadas, desponta o nome de Daniela Teixeira, ministra do Superior Tribunal de Justiça (STJ). Ex-integrante do grupo Prerrogativas, foi indicada ao STJ pelo presidente Lula, em 2023.
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