Desacreditada, Dilma faz defesa insana do alarife Lula e dá sinais de que a corrupção deve continuar

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No dia em que decretou o fim antecipado de seu segundo mandato, a presidente Dilma Rousseff deixou claro, durante entrevista coletiva concedida no Palácio do Planalto, qual será o seu papel no governo após o palestrante Lula assumir o comando da Casa Civil. Dilma será uma coadjuvante com papel quase imperceptível, que terá a missão apenas de, por dever de ofício, referendar o que o novo dono do governo decidir.

Lula será empossado como ministro para, a reboque do foro privilegiado, escapar do radar do juiz Sérgio Moro, que conduz os processos decorrentes da Operação Lava-Jato, evitando no primeiro momento a possibilidade quase que imediata de ser preso por conta dos crimes que lhe são imputados e recheiam muitas das investigações.

Ao tentar justificar a indicação de Lula para a Casa Civil, a presidente disse que com a chegada do ex-metalúrgico o governo poderá retomar o crescimento econômico, alcançar o ajuste fiscal e combater a inflação. Se até agora essas medidas não foram tomadas por falta de condições políticas e de capacidade da própria presidente, não será Lula a consertar o que espera uma solução há anos.

É importante salientar que Lula é o maior responsável pela débâcle econômica que avança sobre o Brasil, cenário que é fruto das políticas irresponsáveis de estímulo à economia. De tal modo, o Brasil pode afundar ainda mais na crise econômica, pois o que Lula propõe é a retomada do modelo econômico populista e criminoso que levou os brasileiros ao desespero.


Sobre as exigências feitas por Lula, Dilma disse que isso jamais existiu, mas trata-se de uma sonora mentira da chefe do governo, pois sabe-se que condições foram impostas para que o ex-presidente assumisse o cargo, que ele mesmo estava pleiteando por vias transversas. Com várias pessoas da sua estrita confiança em cargos estratégicos no governo, Lula montou um cenário em que Dilma não teve outra escolha, que não a de convidá-lo para participar da sua administração, que despenca no abismo da crise.

Investigado por corrupção e outros crimes, Lula chegará ao Planalto na condição de salvador da pátria, segundo palavras da presidente da República. Dilma afirmou que Lula é um excepcional articulador político, mas esqueceu de dizer que a facilidade com que o antecessor circulava no Congresso Nacional só existiu por conta de pelo menos dois escândalos de corrupção: o Mensalão do PT e o Petrolão. Sem esses esquemas criminosos, Lula jamais teria aprovado uma medida sequer no Parlamento, que há muito funciona como um lupanar político.

Isso mostra que, mesmo após as manifestações do último domingo (13), quando milhões de brasileiros indignados foram às ruas para protestar contra o atual estado de coisas, Dilma ignorou o desejo da extensa maioria da população e deu sinal verde para que a corrupção continue correndo solta na estrutura do governo. Ou seja, o banditismo político há de continuar em nome de um projeto totalitarista de poder. E quem disser o contrário é porque não conhece as entranhas do poder e o funcionamento da política nacional.

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