(*) Ipojuca Pontes
Escrevi em artigo anterior que duas zebras políticas – Donald Trump e Jair Bolsonaro, respectivamente candidatos à presidência dos Estados Unidos e a do Brasil – assombram esquerdistas de todos os quadrantes, desde falsos cientistas políticos passando por comunistas acanalhados, cretinos da fauna acadêmica, palpiteiros autointitulados “progressistas” até ativistas digitais bem remunerados (com a grana do contribuinte) e a formidável legião de escribas caninos atuante na mídia amestrada.
Em âmbito interno, há um típico caso de manipulação comunista: Jair (Messias) Bolsonaro, em que pese ser o deputado federal mais bem votado do Rio de Janeiro – inequívoca expressão da vontade eleitoral fluminense –, vê crescer uma onda persecutória contra sua figura, considerada “polêmica” pelo ativismo vermelho.
Antes de mais nada, impõe-se a pergunta: “figura polêmica” por quê? Como é fácil comprovar à luz de sucessivas pesquisas de opinião e de incontáveis referendos, todas as proposições políticas defendidas pelo deputado Bolsonaro são encampadas – em gênero, número e grau – pela maioria da população brasileira.
Com efeito, no debate, a redução da maioridade penal, por exemplo, ou mesmo o voto em favor da livre comercialização de armas e munição (cerca de 63,94% dos brasileiros rejeitaram sua proibição), bem como a cabal condenação do aborto, do casamento gay (e a consequente adoção de filhos por homossexuais), da liberação da droga, da pedofilia, das cotas raciais, das invasões de terras etc., são posturas políticas aclamadas pelo povo brasileiro, sabidamente de espírito cristão e natureza conservadora.
Em assim sendo, outra pergunta se impõe: por qual razão as esquerdas, principalmente suas facções intoxicadas pelas mistificações do marxismo-leninismo e do maoísmo genocida, exatamente aquelas que levaram o País para o buraco negro da corrupção se lançam, numa caçada virulenta, contra o corajoso Bolsonaro?
A resposta é elementar: porque o deputado, pré-candidato à presidência da República pelo Partido Social Cristão (PSC), contabiliza aproximados 9% nas pesquisas de intenção de votos. E, com isso, pode representar uma dura ameaça à falsa hegemonia das esquerdas nas próximas eleições. Neste diapasão, posta em marcha a campanha de 2018, restará ao leitor considerar seriamente as “propostas de direita” – que, no fundo, são suas – levantadas por Jair Bolsonaro. E, claro, elegê-lo.
Sim, o temor da esquerda não é gratuito. Por exemplo: bem medido e pesado, entre Lula e Bolsonaro não há comparação possível. De fato, Lula não passa de um analfabeto primário, cangaceiro político de maus bofes, identificado como chefe de uma gang partidária que saqueou o Brasil por décadas, levando-o à completa falência econômica, política e moral.
O mesmo não se pode dizer de Bolsonaro. Ele é alfabetizado, com curso superior, ex-integrante do Exército Brasileiro, parlamentar honesto, destemido e experiente. (A propósito: é bom ver na internet, em sessão da Câmara, uma lúcida intervenção de Bolsonaro. Nela, o deputado denuncia manobra clandestina feita nos porões do Planalto, em que Dilma Rousseff, acolitando comunistas da DGI cubana e membros do Foro de São Paulo, trama a expulsão do Paraguai do bloco Mercosul. Quem quiser é só ver: a denúncia, ainda no ar, é irrefutável).
No momento, em seu fanatismo fundamentalista, os comunistas pretendem acuá-lo apelando para o Conselho de Ética da Câmara sob o pretexto de que na votação do impeachment de Dilma ele enalteceu a figura do denegrido Cel. Brilhante Ustra – que, a bem da verdade, nunca foi preso ou, em última instância, condenado.
Outra facção da esquerda demofóbica, num arroubo canalha, quer que a ala aparelhada do STF (nomeada na era petista) condene o deputado por “incitação ao estupro”. É dose. Antes, no entanto, seria de bom alvitre colocar Lula por trás das grades. Como se sabe, o líder do PT, denunciando-se como tarado, confessou ao companheiro César Benjamim ter tentado por várias vezes violentar na prisão um membro de organização esquerdista, a quem se referia na sua fala como o “menino do MEP”. Segundo narra César Benjamim (Folha de São Paulo, 27/11/09), Lula ficou surpreso com a resistência do “garoto”, que o enfrentou “aos socos e cotoveladas”.
PS – Um dos fundadores da Escola de Frankfurt, Willi Muenzenberg, afirmou nos anos 1930 que o principal objetivo do marxismo cultural era fazer do Ocidente um espaço “tão corrupto quanto podre”. Se há dúvida, basta olhar a ação dessa gente para se perceber que, no Brasil, tal objetivo foi ou está para ser atingido.
(*) Ipojuca Pontes, ex-secretário nacional da Cultura, é cineasta, destacado documentarista do cinema nacional, jornalista, escritor, cronista e um dos grandes pensadores brasileiros de todos os tempos.