Responsável pelo período mais corrupto da história nacional, Luiz Inácio da Silva insiste em alegar ser vítima de perseguição política e caçada judicial, mas seu intento com esse discurso eivado pela mitomania é convencer a opinião pública de sua suposta inocência, que na verdade inexiste, segundo depoimentos dos delatores do Petrolão.
Ciente de que uma inevitável condenação no âmbito das ações penais a que responde no âmbito da Operação Lava-Jato lhe tomará o direito de concorrer à Presidência da República em 2018, Lula já atua para postergar ao máximo o desfecho de pelo menos um dos processos.
Ainda sem ter explicado aos brasileiros como consegue custear uma equipe de advogados liderada pelo renomado criminalista José Roberto Batochio, cujos honorários sempre flanam na casa dos sete dígitos, Lula vem recorrendo a rapapés jurídicos para comprometer a tramitação dos processos em que é réu.
No processo que trata da compra, pela Odebrecht, do prédio que serviria como sede do Instituto Lula, em São Bernardo do Campo, no Grande ABC, e do apartamento de cobertura vizinho ao do ex-presidente, os advogados do petista arrolaram mais de 80 testemunhas de defesa. Em trâmite na 13ª Vara Federal de Curitiba, cujo titular é o juiz Sérgio Moro,
Na última sexta-feira (23), a defesa de Lula protocolou petição solicitando o acréscimo de 30 novas testemunhas ao rol de outras 52 já intimadas, como os senadores Renan Calheiros (PMDB-AL) e Romero Jucá (PMDB-RR). Agora, Lula quer que sejam ouvidos o empresário Jorge Gerdau Johannpeter e a ex-ministra Mirian Belchior, entre outros.
Na respectiva ação penal, o Ministério Público Federal (MPF) acusa a Odebrecht de ter comprado um prédio para o Instituto Lula como forma de pagamento de propina ao ex-presidente. O grupo empresarial baiano usou uma empresa de engenharia de menor porte para adquirir o imóvel, que dependia de finalização e acabou não sendo usado pelo instituto.
A denúncia também destaca o envolvimento da Odebrecht na compra do apartamento contiguo ao de Lula, por meio de Glaucos Costamarques, primo de José Carlos Bumlai, “ex-conselheiro rural” do petista e condenado a nove anos de prisão por envolvimento no esquema de corrupção que funcionou durante uma década na Petrobras.
Costamarques alegou aos investigadores que decidiu investir no apartamento de cobertura e que aluga o imóvel a Lula, que precisava de espaço para guardar seu acervo presidencial. A desculpa não convenceu os investigadores, pois Costamarques não conseguiu provar os pagamentos dos alugueres.