Petrobras anuncia redução de 200 mil barris diários na produção da empresa

 
A Petrobras anunciou novo corte em sua produção por causa do “que se configura a pior crise da indústria do petróleo nos últimos 100 anos”. A partir desta quarta-feira (1), a produção de petróleo da estatal será reduzida em 200 mil barris diários. A medida foi anunciada em meio à queda da demanda devido à crise do novo coronavírus.

O volume inclui a redução anunciada em 26 de março, informa comunicado divulgado pela empresa em seu site. Na ocasião, a Petrobras já tinha cortado a produção em 100 mil barris diários, uma restrição prevista para valer até o final de março.

Os cortes anunciados nesta quarta-feira não têm data para serem revogados, mas a Petrobras deverá reavaliar continuamente a necessidade de manutenção da decisão. A empresa também ajustará o processamento de suas refinarias, “em linha com a demanda por combustíveis”.

“O cenário atual é marcado por uma combinação inédita de queda abrupta do preço do petróleo, excedente de oferta no mercado e uma forte contração da demanda global por petróleo e combustíveis”, justifica a empresa. 

 
As “novas medidas para assegurar a sustentabilidade da companhia” anunciadas se encaixam nas ações que preveem cortar US$ 2 bilhões (cerca de R$ 11 bilhões) em gastos operacionais em 2020, anunciadas na semana passada, incluindo a hibernação de plataformas em operação em campos de águas rasas e o adiamento de novas contratações por 90 dias.

Dentro desse montante, a Petrobras também pretende economizar R$ 700 milhões em despesas com pessoal. Para isso, deverá adiar entre 10% e 30% do salário de “empregados com função gratificada (gerentes, coordenadores, consultores e supervisores)”. Além disso, a empresa alterará temporariamente o funcionamento dos turnos e do sobreaviso “de cerca de 3,2 mil empregados”. Cerca de 21 mil empregados também terão a jornada de trabalho reduzida, de 8 para 6 horas diárias.

Outras medidas incluem redução de gastos com recursos humanos, incluindo adiamento de pagamento de horas extras e a postergação do pagamento de 30% do salário do presidente, diretores, gerentes executivos e gerentes gerais. (Com agências internacionais)