O Brasil registrou 4.190 mortes por Covid-19 nas últimas 24 horas, totalizando desde o início da pandemia 345.287 óbitos pela doença. Com o novo balanço da crise sanitária, a média móvel de mortes por Covid-19 nos últimos sete dias ficou em 2.818, alta de 17% em relação ao índice de 14 dias atrás. Os dados são do Conselho Nacional de Secretários de Saúde (Conass) e foram divulgados no início da noite deste quinta-feira (8) pelo consórcio de veículos de imprensa.
Há 78 dias a média móvel de mortes pelo novo coronavírus no Brasil está acima de 1 mil; há 23 dias, acima de 2 mil; e há 13 dias, acima de 2,5 mil. Isso mostra o descontrole da pandemia no País, sem que o governo federal decida tomar uma medida eficaz para conter o avanço da Covid-19. NA verdade, o presidente Jair Bolsonaro continua atacando governadores e prefeitos que adotaram para desafogar o sistema de saúde, que está colapsado, e preservar vidas.
Em relação a casos confirmados, nas últimas 24 horas o País registrou 89.293 novos diagnósticos, sendo que desde o começo da pandemia 13.286.324 brasileiros já contraíram o novo coronavírus. A média móvel de casos nos últimos sete dias foi de 63.372, recuo de 16% em relação à marca de duas semanas atrás.
Os números reais de casos e de óbitos pela doença são muito maiores, principalmente por causa da baixa testagem em larga escala e da subnotificação, como tem afirmado o UCHO.INFO desde o primeiro registro da presença do novo coronavírus em território brasileiro. Autoridades de saúde reconhecem que o cenário provocado pelo novo coronavírus no Brasil é muito mais grave e preocupante. Pelos nossos cálculos, com base em informações de especialistas em epidemiologia, o número de mortes por Covid-19 no Brasil é pelo menos 50% maior.
De acordo com informações do Ministério da Saúde, até a noite de quarta-feira (7) 11.732.193 pacientes haviam se recuperado da Covid-19. O Conass não divulga o número de recuperados.
Em relação ao plano de imunização do governo federal, até esta quinta-feira 22.170.108 pessoas receberam a primeira dose da vacina contra Covid-19, o que representa 10,47% da população brasileira. A segunda dose foi aplicada em 6.357.779 pessoas, o que equivale a 3% da população. Considerando que as vacinas disponíveis no País exigem dose de reforço (segunda dose), o Brasil está muito longe da meta de vacinar 75% da população para conter a circulação do novo coronavírus.
Com base nos dados do Conass, 12 entes federados apresentam alta no número de mortes por Covid-19: Paraná, São Paulo, Rio de Janeiro, Espírito Santo, Minas Gerais, Distrito Federal, Mato Grosso do Sul, Amapá, Maranhão, Piauí, Ceará e Pernambuco. Onze estados brasileiros registram estabilidade no número de óbitos: Goiás, Mato Grosso, Acre, Amazonas, Pará, Roraima, Tocantins, Alagoas, Paraíba, Rio Grande do Norte e Sergipe. Têm queda no número de mortes os seguintes estados: Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Rondônia e Bahia.
O Brasil é atualmente o líder global em novas mortes diárias, respondendo por cerca de 27% dos novos óbitos por Covid-19 em todo o planeta, segundo dados do site “Our World in Data”, vinculado à Universidade de Oxford. Apenas a título de comparação, o Brasil tem 2,7% da população mundial.
Em números absolutos, o Brasil é o segundo país com maior número de infecções e mortes, atrás apenas dos Estados Unidos, que somam 30,9 milhões de casos e 559,1 mil óbitos, de acordo com monitoramento da Universidade Johns Hopkins (EUA).
Ao todo, desde o começo da crise sanitária, mais de 133,6 milhões de pessoas já contraíram o novo coronavírus ao redor do globo, sendo que 2,89 milhões de pacientes morreram em decorrência de complicações da Covid-19.
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