Hospital nega internação de Bolsonaro; Casa Branca diz que ex-presidente deve deixar o país em 30 dias

 
Em matéria anterior noticiamos que o ex-presidente Jair Bolsonaro, o genocida em fuga, usou as redes sociais para informar que precisou ser internado em hospital de Orlando, na Florida, devido a dores abdominais.

Como afirmamos em diversas ocasiões, as internações repentinas de Bolsonaro sempre serviram como cortina de fumaça para esconder escândalos ou minimizar dificuldades políticas. Usamos os termos “vitimismo” e “coitadismo” para fazer referência a essas internações rocambolescas, que acabam em um ou dois dias, mas que o agora ex-presidente insiste em potencializá-las para ressuscitar o ataque a faca de que foi alvo em 6 de setembro de 20218, em Juiz de Fora (MG), crime que ajudou a elegê-lo.

Nesta segunda-feira (9), um dia após os terroristas bolsonaristas invadirem e depredarem o Palácio do Planalto, o Supremo Tribunal Federal e o Congresso Nacional, surgiu a informação de que Bolsonaro havia sido internado em hospital da Florida, notícia confirmada pela ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro nas redes sociais.

Na postagem em que confirmou a internação do marido, Michelle pediu aos seus seguidores para que orassem pelo restabelecimento do ex-presidente da República. “Meus queridos, venho informar que o meu marido Jair Bolsonaro se encontra em observação no hospital em razão de um desconforto abdominal decorrente das sequelas da facada que levou em 2018. Estaremos em oração pela saúde dele e pelo Brasil”, escreveu.

A internação teria ocorrido em razão de quadro de “obstrução parcial do intestino” sem gravidade e sem a necessidade de nova cirurgia, informou o médico-cirurgião do ex-presidente, Antônio Luiz Macedo.

No contraponto, o hospital “Florida AdventHealth Celebration”, em Orlando, negou que Jair Bolsonaro esteja internado no local. O centro médico informou não haver qualquer paciente com o nome do ex-presidente brasileiro.

O “Florida AdventHealth Celebration” é conhecido como “Hospital da Disney” por ser próximo ao famoso parque de diversões, mas o centro médico não faz parte do grupo Disney, de quem é apenas parceiro.

 
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Bolsonaro chegou aos Estados Unidos dois dias antes do fim do mandato, ou seja, ainda usufruindo do passaporte diplomático inerente ao cargo que não mais exerce.

Diante dos pedidos de ao menos cinco parlamentares americanos, o porta-voz do Departamento de Estados dos Estados Unidos, Ned Price, afirmou nesta segunda-feira, sem mencionar Bolsonaro, que o visto diplomático para diplomatas e chefes de Estados só é válido enquanto o político exerce o cargo. Do contrário, deve deixar o país em até 30 dias ou solicitar mudança de status de imigração.

“De forma geral, se alguém entra nos Estados Unidos com um visto A, essencialmente um visto diplomático para diplomatas estrangeiros e chefes de Estado, se um portador de um visto A não está mais envolvido em assuntos oficiais relacionados aos seus governos, cabe ao portador do visto sair dos EUA ou pedir uma mudança de tipo de autorização migratória em até 30 dias”, esclareceu o porta-voz.

De acordo com Price, sem um motivo para estar no país, “qualquer indivíduo está sujeito a ser retirado pelo Departamento de Segurança Interna”.


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