Responsável por atos terroristas em Brasília, Bolsonaro é alvo de pedidos de extradição nos EUA

 
Em 2018, durante a campanha presidencial, o UCHO.INFO alertou para o perigo que representaria a eleição de Jair Bolsonaro, pois em algum momento ele tentaria dar um “cavalo de pau” na democracia brasileira. Nossos alertas continuaram nos quatro ano seguintes, tendo como contraponto a fúria dos golpistas terroristas que continuam a apoiar o covarde que abandonou o cargo às pressas para, às custas do suado dinheiro do contribuinte, se refugiar nos Estados Unidos.

Não há dúvida a respeito da responsabilidade política de Bolsonaro pelos atos terroristas levados a cabo em Brasília por seus radicais apoiadores, que durante invasões e depredações cobravam a prisão de Lula, intervenção militar e a volta do fugitivo ao poder.

Em termos penais, as investigações precisam encontrar alguma prova que confirme a participação indireta e remota nos atos terroristas do domingo (8), em Brasília, que terminou com a invasão do Palácio do Planalto, do Supremo Tribunal Federal e do Congresso Nacional.

Mesmo que provas não sejam encontradas, Bolsonaro poderá ser condenado no âmbito dos inquéritos sobre atos antidemocráticos que tramitam no Supremo, sob a relatoria do ministro Alexandre de Moraes.

É importante ressaltar que o conjunto da obra golpista de Bolsonaro, que durou quatro longos anos, servirá de base para uma eventual e exemplar condenação do ex-presidente, que continua se apresentando nas redes sociais como candidato à reeleição. O delírio totalitarista de Jair Bolsonaro parece não ter fim, mas a Justiça há de encurtar celeremente o calvário que o fugitivo insiste em impor aos defensores da democracia.

A prisão de mais de 300 terroristas que barbarizaram a Praça dos Três Poderes certamente ajudará na identificação de outros integrantes do bando e principalmente dos financiadores dos atos antidemocráticos. Dados preliminares das investigações apontam que entre os financiadores há empresários defensores do golpe de Estado, figuras conhecidas do agronegócio e estrangeiros interessados na desestabilização da democracia brasileira.

A responsabilidade política de Bolsonaro pela onda de terror que tomou conta da área central de Brasília foi imediatamente reconhecida por presidentes e chefes de governo de outros países, os quais declararam apoio ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

 
Nos Estados Unidos, ao menos cinco congressistas pediram a imediata extradição de Bolsonaro, que está em Orlando desde o dia 31 de janeiro. Para os parlamentares estadunidenses, o ex-presidente brasileiro é um dos responsáveis pelos atos terroristas que aconteceram em Brasília.

A extradição é a entrega de uma pessoa investigada, processada ou condenada após pedido formal ao país em que se encontra, caso Bolsonaro não empreenda nova fuga.

Um pedido de extradição de Bolsonaro pode ser feito pelo Ministério Público Federal, que instaura o procedimento legal para ser analisado pelo Poder Executivo e as autoridades estrangeiras. No caso em questão, o MPF dificilmente apresentará pedido de extradição de Bolsonaro, já que o procurador Augusto Aras ainda não se desvencilhou da cangalha bolsonarista. Além disso, a vice-procuradora da República Lindôra Araújo é próxima do senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ), o filho do “01” do foragido.

Sempre movido pela covardia, Bolsonaro usou o Twitter para tentar se desvencilhar da responsabilidade dos atos terroristas e criticar o presidente Lula, que o acusou de ser o mentor da onda de vandalismo que tomou conta de Brasília.

“Manifestações pacíficas, na forma da lei, fazem parte da democracia. Contudo, depredações e invasões de prédios públicos como ocorridos no dia de hoje, assim como os praticados pela esquerda em 2013 e 2017, fogem à regra”, escreveu o golpista.

“Ao longo do meu mandato, sempre estive dentro das quatro linhas da Constituição respeitando e defendendo as leis, a democracia, a transparência e a nossa sagrada liberdade”, emendou o fugitivo. “No mais, repudio as acusações, sem provas, a mim atribuídas por parte do atual chefe do executivo do Brasil”, finalizou.

É importante lembrar que as contas do ex-presidente nas redes sociais são gerenciadas por Carlos Bolsonaro, o filho “02” e então responsável pelo chamado “gabinete do ódio”, que viajou para os Estados Unidos antes do pai.


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