Golpista covarde, Bolsonaro aciona o botão do coitadismo e anuncia internação nos EUA

 
Ao longo dos últimos quatro anos, respeitando a verdade dos fatos, não nos furtamos em momento algum de rotular Jair Bolsonaro como covarde, algo que o ex-presidente sempre foi. Por razões óbvias, a súcia de apoiadores de Bolsonaro nos atacou de forma persistente, mas mantivemos as críticas, sempre acompanhadas da palavra covarde.

Frouxo como golpista, a ponto de fugir para os Estados Unidos para não ser preso no âmbito dos muitos inquéritos de que é alvo, Bolsonaro sempre recorreu ao vitimismo quando se deparou com dificuldades ou não soube lidar com o fracasso de seus recorrentes planos golpistas.

Nesse cenário, o ex-presidente em fuga recorria a internações hospitalares como forma de ressuscitar o ataque à faca de que foi alvo em 6 de setembro de 2018, na cidade mineira de Juiz de Fora.

Nesta segunda-feira (8), um dia após os atos terroristas perpetrados em Brasília por seus apoiadores mais fiéis, Bolsonaro informou nas redes sociais que foi internado em um hospital de Orlando, no estado da Flórida, em razão de dores abdominais decorrentes do ataque sofrido em Minas Gerais.

 
Ciente de há a chance de ser responsabilizado pelos atos terroristas na capital dos brasileiros, Bolsonaro aciona a alavanca do coitadismo para tentar manter unida a horda de apoiadores, algo que não deve ter o efeito esperado pelo ex-presidente.

A investida remota contra a democracia no Brasil não logrou êxito e colocou a realidade diante do eleitor que votou em Bolsonaro sem ser “bolsonarista raiz”. Além disso, o desembarque de alguns aliados políticos apontou na direção de abandono político, a começar por Valdemar Costa Neto, presidente nacional do PL, que não precisará de muito tempo para se jogar no colo do atual governo.

Não obstante, governadores que apoiaram seu projeto de reeleição analisaram com rapidez nesta segunda-feira o ônus político de um “abraço de afogados”. Depois da decisão do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), de afastar o governador do Distrito Federal, Ibaneis Rocha (MDB), por noventa dias, ao menos três governadores bolsonaristas reviram os respectivos discursos. São eles: Tarcísio de Freitas (SP), Romeu Zema (MG) e Cláudio Castro (RJ).

Os três estavam decididos a não participar da reunião do presidente Lula com todos os governadores, em Brasília, nesta segunda-feira, mas no estilo “efeito cascata” mudaram de ideia. Puxou a fila o governador Romeu Zema, seguido por Tarcísio e Castro.

Enquanto a cena política brasileira ganha novos contornos e centenas de terroristas enfrentam as barras da lei, Bolsonaro faz-se de vítima nos Estados Unidos, onde nas últimas horas ganhou o status de “persona non grata”. A novela bolsonarista está apenas começando.


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