Argentinos – Para um Boca Juniors, campeão quatro vezes a partir de 2000, ou para um Internacional, que levou duas taças nos últimos cinco anos, vencer a Copa Libertadores da América pode ainda ser muito especial, mas seu impacto, devido a essa repetição, acaba sendo menor. São duas exceções, naturalmente. Para o restante da concorrência, o torneio continental se confunde muitas vezes com obsessão. Desta forma, nada melhor que uma nova chance para conquistá-lo.
Em sua edição 2011, cuja fase de grupos tem início nesta terça-feira, uma boa fração de seus 32 clubes pode ser incluída nesta categoria de aspirantes incondicionais ao título, especialmente aqueles que chegaram bem perto nos últimos anos. Com cinco equipes, o Brasil é o pais como mais representantes, ao lado da Argentina, que apresenta o retorno do maior campeão do torneio: o Independiente, lembra o site “Fifa.com”.
É o caso dos brasileiros Grêmio, Fluminense e Cruzeiro, vice-campeões, respectivamente, em 2007, 2008 e 2009. Depois da dobradinha composta por São Paulo e Internacional em 2005 e 2006, as equipes do país bateram na trave por três temporadas seguidas até a equipe gaúcha retomar a taça no ano passado.
Pelo Flu, o técnico Muricy Ramalho, tetracampeão brasileiro, busca a consagração internacional após quatro tentativas frustradas com o São Paulo, com o atacante Fred de novo em grande fase, tendo anotado já oito gols no ano. “Caímos em um grupo dificílimo. Não vai ser fácil a primeira fase. Estamos nos preparando muito bem e esperamos atingir o nível de uma equipe capaz de levar a Libertadores”, disse o treinador do Tricolor carioca, que tem como adversários Argentinos Juniors, América e Nacional de Montevidéu.
O Grêmio perdeu Jonas, artilheiro do último Brasileirão que se transferiu para o Valencia, mas conta com o carisma do treinador Renato Gaúcho, um de seus maiores ídolos, e um grupo aguerrido, como pede sua tradição, especialmente quando seu arquirrival Inter está no páreo – apesar da decepção com o revés na Copa do Mundo de Clubes da Fifa EAU 2010, o Colorado entra na Libertadores como um dos favoritos.
Já o Cruzeiro investe em rodagem sul-americana, contando em seu elenco com os argentinos Walter Montillo e Ernesto Farías, o atacante paraguaio José Ortigoza e o recém-contratado zagueiro uruguaio Maurício Victorino. “Vai ser minha sexta Copa Libertadores, já disputei duas semifinais, uma semifinal de Copa do Mundo, e agora tenho que demonstrar o que valho dentro do campo. Espero transmitir a experiência que tenho aos meus companheiros e aprender com eles também”, disse Victorino.