De cara pintada a cara de pau, Lindberg Farias já faz jus à amizade de Fernando Collor

Caras de pau – Quando Fernando Collor de Mello e Lindberg Farias trocaram afagos no plenário do Senado Federal logo no primeiro dia da nova legislatura, para em seguida declararem que começaram uma amizade, como noticiou o ucho.info, o Brasil mostrou-se indignado diante da desfaçatez da dupla.

Responsável pela manifestação popular que tomou conta do País, decisiva para o impeachment de Collor, o ex-cara pintada amealhou os votos que precisava para chegar à Câmara dos Deputados. Na sequência, Lindberg disputou a prefeitura de Nova Iguaçu, no Rio de Janeiro, e só foi eleito porque, segundo os moradores da cidade, as eleitoras despejaram votos em um candidato que era apenas “bonitinho”. E quem tiver dúvidas que vá a Nova Iguaçu.

Protagonista de cenas e vexames que entraram para o folclore político da cidade fluminense, Lindberg Farias só chegou ao Senado porque colou em Luiz Inácio da silva. Do contrário, o agora senador petista teria voltado para casa, pois a parcela pensante de Nova Iguaçu sabe que Lindberg pouco ou nada fez pela cidade.

Mas a amizade que Collor e Lindberg agora nutrem tinha uma razão extra para acontecer. A Controladoria Geral da União confirmou na quarta-feira (9) que, durante a gestão de Lindberg Farias, a prefeitura de Nova Iguaçu fraudou o Censo Escolar de 2009. Ao prestar informações falsas ao Ministério da Educação, garantindo que 99,8% dos alunos de ensino fundamental (53.142 alunos) da cidade freqüentavam as aulas em horário integral, a prefeitura de Nova Iguaçu pode receber repasses mais polpudos do Fundo de Desenvolvimento da Educação Básica (Fundeb). Se Lindberg Farias justificou a recente amizade que selou com Collor com um escândalo na prefeitura de Nova Iguaçu, o ex-presidente e senador por Alagoas tem a própria história como justificativa. Absolutamente suficiente, diga-se de passagem.