Marco Maia decide anular convocação de Palocci na Câmara, mas oposição promete ir ao Supremo

Almoço – O presidente da Câmara dos Deputados, Marco Maia (PT-RS), decidiu anular a votação da Comissão de Agricultura que aprovou na última semana a convocação do ministro da Casa Civil, Antonio Palocci Filho. A informação é do líder do governo, deputado Cândido Vaccarezza (PT-SP). Na conversa que manteve com a reportagem do ucho.info, Vaccarezza disse que a decisão já está tomada e será anunciada oficialmente na sessão extraordinária que terá início às 19 horas.

Neste momento, Marco Maia está reunido com os líderes dos partidos para discutir a pauta de votação desta terça-feira (7). Haverá a apresentação de um novo requerimento em outra comissão, provavelmente na de Constituição e Justiça. O requerimento, no entanto, não será em forma de convocação, mas um convite, caso ainda Palocci estiver na Casa Civil.

A oposição informou que se Marco Maia arquivar a decisão da Comissão de Agricultura, haverá obstrução nas votações em plenário e é provável que o Supremo Tribunal Federal seja acionado para discutir a legalidade da decisão do presidente da Câmara.

No Senado Federal, o senador Mozarildo Cavalcanti (PTB-RR) contou detalhes do almoço da bancada com Dilma Rousseff, no Palácio da Alvorada. Foi o terceiro almoço com senadores. O primeiro foi com a bancada do PT e o segundo com os peemedebistas, que não teve a participação do chefe da Casa Civil.

No regabofe desta terça-feira, Palocci esteve bem à vontade. Auxiliou a presidente nas explicações sobre os projetos do governo e nos projetos da administração federal. Segundo Mozarildo, a neopetista Dilma não quer a anistia para quem desmatou, mas a bancada do PTB ainda não tem uma opinião sobre a questão prevista no artigo 64 do projeto de lei aprovado na Câmara e que está sendo analisado por três comissões permanentes do Senado.

O senador disse que ainda não tem opinião formada sobre a polêmica provocada pelo enriquecimento do ministro Palocci. “Uma coisa é a técnica e outra é a política”, referindo-se ao arquivamento do pedido de investigação pelo procurador-geral da República, Roberto Gurgel.