Peões – Começou na casa de Roberto Dinamite, no Rio de Janeiro, a virada no Vasco da Gama que resultou no título da Copa do Brasil. O presidente do clube e o diretor-executivo, Rodrigo Caetano, chamaram Ricardo Gomes para uma conversa. O time estava esfacelado, sem técnico, com jogadores afastados por indisciplina e com uma campanha vergonhosa no estadual do Rio.
Um dos primeiros desafios de Ricardo Gomes ao assumir o Vasco foi recuperar Felipe. Contratado para ser um pilar da equipe, o meia estava afastado, em péssima fase e com relação conturbada com a torcida. Ricardo e Felipe trabalharam juntos no Flamengo, em 2004. Fã da qualidade técnica do jogador, o técnico rapidamente o transformou em um braço direito no árduo desafio de reerguer o clube da Colina.
“A relação dele com os jovens é muito legal. É um cara que gosta do Vasco e gosta do que faz. Podia ser arrogante, cheio de vícios, manias, mas tem liderança e usa de forma bastante positiva”, elogia Gomes no “Lancepress”.
Dentro de campo, o camisa 6 também fez diferença. No início do trabalho, antes das chegadas de Alecsandro e Diego Souza, o meia era o oásis de talento da equipe. “O Felipe foi o grande maestro no início da nossa recuperação, ele fez com que os outros jogadores também crescessem e jogassem cada vez melhor, se transformou em um exemplo positivo”. diz.