(*) Carlos Augusto, especial para o ucho.info –
Assim que o recesso terminar, em 1º de agosto, a temperatura entre o Palácio do Planalto e o Partido da República subirá o suficiente para queimar as últimas gorduras que ainda envolvem o outrora relacionamento cordial entre a cúpula palaciana e a agremiação política de Valdemar Costa Neto (SP) “et caterva”.
O recado do deputado federal Luciano Castro (RR) foi simples e direto: “Essas demissões no Ministério dos Transportes e DNIT não são decisões solitárias da presidenta Dilma, passam pela Casa civil (Gleisi Hoffman) e estão respingando seriamente no partido”. Na opinião do parlamentar, a busca de entendimento vive a sua fase mais difícil com as demissões diárias anunciadas no Diário Oficial. E falou mais: “Esticar a corda (política) nunca foi bom para nenhum governo e essa não será a última crise, outras virão”.
A presença do ex-líder em Brasília até sexta-feira (22) é o sinal claro de que o partido vem sentindo diariamente os golpes palacianos através das demissões a conta-gotas nos Transportes e no Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT): “Nos pegaram às portas do recesso e desarticulados, mas aqueles que se desarticulam hoje se mostrarão unidos amanhã”, sentenciou.
O PR já agendou uma reunião em Brasília para a primeira semana de agosto, com os seus sete senadores e quarenta e dois deputados. Luciano Castro foi categórico em relação à desoxigenação do seu partido pelo governo Dilma: “A administração do governo Dilma é compartilhada e nós não pedimos a cabeça de ninguém dos Transportes que seja de outro partido. Por que só os nossos?”.