Mais tarde – Contrariando o estilo silencioso que adotou desde que chegou ao principal gabinete do Palácio do Planalto, a presidente Dilma Vana Rousseff solicitou à ministra-chefe da Secretaria de Comunicação Social da Presidência, Helena Chagas, que informasse aos jornalistas que cobrem o cotidiano do Palácio do Planalto que Ana de Hollanda continuará à frente do Ministério da Cultura.
A decisão da presidente serve para conter, mesmo que temporariamente, as seguidas críticas que setores da área cultural têm feito a Ana de Hollanda, inclusive com sugestões de nomes para substituí-la.
Não é de hoje que Ana de Hollanda sofre pressões por parte de integrantes do universo cultural brasileiro. Meses após se instalar na Esplanada dos Ministérios, a titular da Cultura passou a ser identificada como uma representante do Escritório Central de Arrecadação e Distribuição (Ecad).
O anúncio de que Ana de Hollanda continua ministra não significa que a troca de comando no Ministério da Cultura está descartada. A mudança pode ter sido adiada pelo fato de que a presidente não quer dar chances aos adversários de pensarem que é vulnerável a pressões. Esse recado transverso tem como alvo os rebelados da base aliada.