Tudo outra vez – De novo a presidente Dilma Rousseff apelou para o “Febeapá” – festival de besteiras que assola o país, inventado pelo saudoso Sérgio Porto (Stanislaw Ponte Preta) – para camuflar a incompetência de um governo que perdeu a mão no controle da economia. Depois de dizer que a grandeza de um país não se mede pelo desempenho da economia, Dilma disse, durante evento na Bahia, que a economia brasileira está em “outro caminho”.
“Esse caminho nós viemos construindo desde quando o presidente Lula assumiu o governo em 2003. Agora, em 2011, 2012, nós atingimos uma nova fase. Qual é a fase que nós atingimos? Nós estamos modificando algumas condições do Brasil que eram entraves ao crescimento econômico sustentável do país. A primeira grande mudança tem sido a redução dos juros”, afirmou a presidente. “Os juros desse país estão num nível que nunca antes, como diria o presidente Lula, ‘na história desse país’, eles atingiram”, completou.
Dilma, em seu discurso, ressuscitou um termo usado com largueza durante a plúmbea era brasileira – “é preciso primeiro aumentar o ‘bolo’ (da renda nacional) para depois reparti-lo” – para mostrar que agora o Brasil divide a renda à medida que é gerada.
Pois bem, Dilma precisa decidir qual discurso adotará de agora em diante, pois esse palavrório dual serve apenas para ludibriar os desavisados, pois a massa pensante sabe muito bem distinguir uma fala de outra.
A redução das taxas de juro não significa que a economia está avançando aos bolhões, mas pelo contrário. A procura por crédito, depois da intervenção do governo no mercado financeiro, ficou aquém das expectativas. E quem buscou crédito o fez para renegociar dívidas anteriores com juro mais baixo. Afirmar que a redução das taxas de juro estimulou a economia é irresponsabilidade, pois é latente nas pesquisas sobre consumo que os brasileiros estão arredios em relação às compras.
Outra inverdade proferida pela presidente Dilma Rousseff refere-se à geração de renda e sua imediata distribuição. Dois terços da população brasileira ganham menos do que dois salários mínimos mensais, segundo o IBGE. De acordo com a Secretaria de Assuntos Estratégicos da Presidência, a renda per capta da classe média brasileira está entre R$ 219 e R$ 1.019.
Diante desses números faz-se necessário lembrar que até hoje os palacianos comemoram a proeza (sic) de terem arremessado 40 milhões de novos consumidores na chamada classe média (ou classe C), o que aconteceu longe da geração de riqueza, mas por meio do crédito fácil, fator responsável pelo endividamento recorde das famílias brasileiras e a disparada da inadimplência. Em termos comparativos, já que a esquerda nacional insiste em manter os ataques ao modelo econômico norte-americano, nos Estados Unidos um cidadão considerado pobre ganha por mês mais do que um integrante da classe média brasileira.
Como sempre afirma o ucho.info, Dilma, assim como qualquer brasileiro, pode dizer o que bem quiser, pois afinal ainda vivemos em uma democracia, mas enganar a opinião pública é covardia desmedida.