Cuba libre – A filha do vice-presidente de Cuba desertou para os Estados Unidos e vive agora em Tampa, no estado da Florida, informou na segunda-feira (27) o jornal norte-americano “El Nuevo Herald”, versão em espanhol do “Miami Herald”.
Glenda Murillo Diaz, filha do vice-presidente cubano Marino Murillo, chegou aos Estados Unidos através do México, de acordo com o jornal, “por volta do dia 16 de agosto”. Glenda teria viajado para assistir a uma conferência sobre Psicologia, área que estuda. A jovem de 24 anos, que agora vive em Tampa com uma tia materna, teria abandonado o país por não concordar com as políticas do governo cubano, de acordo com o mesmo jornal.
Fotografias no Facebook
Glenda publicou em seu perfil no Facebook várias fotografias nos EUA, mas não respondeu aos chamados do jornal “El Nuevo Herald”. Na sequência, a desertora cubana bloqueou o acesso ao seu perfil na rede social.
O jornal adianta que tentou contato com a filha do vice-presidente cubano por telefone, mas atendeu à chamada um homem que se identificou como marido de Glenda e confirmou que ela estava em Tampa.
Questionado sobre a deserção da jovem, o homem voltou rapidamente mudou o discurso, alegando, de chofre, que ela estaria no México e, em seguida, que estaria mesmo em Havana. Depois desligou a chamada, conta o jornal.
Rota de fuga
Os cubanos que chegam por terra aos Estados Unidos podem permanecer no país, mas os que são interceptados no mar são deportados para Cuba. Os que vencem as perigosas águas que separam a ilha caribenha do sul da Florida também podem permanecer em território norte-americano desde que pisem em terra firme. Isso é possível por causa de uma lei que é conhecida como “pés secos, pés molhados”, que exige do desertor cubano a proeza de não ser flagrado pela Guarda Costeira norte-americana.
O melhor exemplo dessa possibilidade de permanência nos EUA é o jovem cubano Elián González, que chegou à Florida em uma embarcação ao lado da mãe, que morreu durante o percurso. Por conta de uma intensa e longa batalha judicial travada entre familiares residentes em Miami e seu pai, que permaneceu na ilha comandada pelos irmãos Castro, Elián foi levado de volta a Havana, onde foi recebido pelo ditador Fidel Castro.
Companhia de peso
Além de contar com o apoio de parentes, Glenda Diaz terá, em sua corajosa empreitada para escapar do regime que impera em Cuba, a companhia de ninguém menos do que Alina Fernandez-Revuelta, filha biológica não reconhecida pelo sanguinário Fidel Castro. Vivendo em Miami desde 1993, Alina faz forte e contundente oposição ao regime comunista da ilha, agora sob o comando do tio e não menos truculento Raúl.
Em 1993, ano em que fugiu de Cuba, Alina Fernandez-Revuelta deixou o país como uma turista espanhola. Usando uma peruca e um passaporte falso, Alina voou para a Espanha. Em seguida mudou-se para Miami, onde atualmente dedica-se a um programa semanal de rádio, no qual relata aos norte-americanos as injustiças e atrocidades do regime capitaneado por seu pai e por seu tio.