Algo errado – O valor da cesta básica no mês de setembro subiu em nove das 17 capitais pesquisadas pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese). As maiores altas foram verificados em Florianópolis (5,23%), Belo Horizonte (3,23%) e Manaus (2,5%) e as quedas mais significativas ocorreram em Goiânia (-5,22%), Salvador (-3,34%) e Aracaju (-2,44%).
O maior valor para a cesta básica foi registrado em Porto Alegre (R$ 311,44), seguido por Florianópolis (R$ 310,92) e São Paulo (309,08). As cestas mais baratas foram encontradas em Aracaju (R$ 207,80), Salvador (R$ 217,71) e João Pessoa (R$ 233,26).
O acumulado entre janeiro e setembro deste ano apresentou variação positiva em todas as capitais pesquisadas. As altas mais significativas ocorreram em Florianópolis (18,47%), Fortaleza (15,6%), João Pessoa (14,21%) e Aracaju (14,04%), e as menores em Goiânia (1,39%) e Salvador (4,26%).
Nos últimos 12 meses, o custo médio da cesta de alimentos também cresceu em todas as capitais pesquisadas, com destaque para Fortaleza (22,44%), Vitória (20,48%) e Florianópolis (19,43%). Os menores aumentos foram verificados em Salvador (4,63%), Goiânia (8,07%) e Belém (11,30%).
Cruzando todos os dados da economia nacional não se demora a concluir que a dicotomia é cada vez mais o assunto predileto no Palácio do Planalto. Enquanto esteve no poder, Lula pegou carona no slogan “Brasil, um país de todos”, o que ainda não foi comprovado. Apresentada ao eleitorado como a única garantia de continuidade, Dilma Rousseff não demorou muito para mudar o slogan, embarcando na frase populista “País rico é país sem pobreza”. Uma obviedade que está longe de ser realidade, principalmente porque o governo decidiu lançar um novo conceito de estratificação social.
Como faz todos os meses, o Dieese divulgou o valor do salário mínimo ideal para a manutenção de um trabalhador e sua respectiva família. Tomando como base o valor da cesta básica na capital gaúcha, o salário mínimo deveria ser R$ 2.616,41, ou seja, 4,21 vezes o piso atual, que é de R$ 622.
Pois bem, o Partido dos Trabalhadores, que continua acreditando ser a derradeira solução para o Brasil e para o planeta, tem enormes dificuldades para compreender que o preço da cesta básica equivale 50% do salário mínimo em vigor no País. Diante desse escárnio incontestável, pois os números não mentem, é preciso saber como o PT tem coragem para subir nos palanques e prometer o que sabe ser impossível cumprir até mesmo minimamente.
Quando os brasileiros descobrirem que Luiz Inácio da Silva – responsável pelo período mais corrupto da história nacional – é a “fulanização” da farsa, será tarde demais.