Boca fechada – O silêncio da presidente Dilma Rousseff diante do anúncio da renúncia de Joseph Ratzinger, o papa Bento XVI, ao seu pontificado não causa qualquer estranheza. Dilma jamais exalou qualquer dose de intimidade com a Igreja e ainda guarda mágoa da mensagem enviada por Bento XVI, à época da eleição presidencial, contra o aborto, assunto que colocou a então candidata em situação de dificuldade com o eleitorado.
Considerando que o Brasil é o maior país católico do planeta, Dilma Rousseff, que é presidente de todos os brasileiros, deveria ter se pronunciado, uma vez que nessa tresloucada Terra de Macunaíma o fato dividiu o noticiário com os desfiles de Carnaval, sem contar que foi notícia em todo o mundo.
Essa atitude bisonha de Dilma, que nem ao menos ordenou a algum dos seus estafetas que redigisse e divulgasse uma nota oficial, mostra que, em 2010, sua ida à Basílica de Aparecida foi uma farsa que fazia parte do script da campanha eleitoral.
Dilma é presidente de uma nação, não de um partido político, e omitir-se por questões ideológicas ou pessoais mostra a sua mente tacanha em relação a determinados. Querendo ou não, apesar de todos os escândalos, o Vaticano é um estado e Ratzinger é o seu chefe até o próximo dia 28 de fevereiro.
Até o falastrão Luiz Inácio da Silva, o fujão, que sempre aproveita todas as oportunidades para mostrar que está em franca atividade política, se calou. Foi capaz de lamber as botas de Fidel Castro e procurar notícias de um delinquente político como Hugo Chávez, mas nem mesmo enviou uma mensagem ao Vaticano, onde já circulou por interesses políticos.
O PT palaciano continua agarrado à soberba, algo que desaparecerá quando a CNBB, na próxima eleição, se posicionar contra a reeleição de Dilma Rousseff. Pode ser que em tal momento Dilma volte à encenação.