Ação entre amigos – O que era esperado, tido como favas contadas, acabou acontecendo. O consórcio integrado pelo empresário Eike Batista, que nos últimos meses tem assistido ao derretimento de suas empresas, foi considerado, na tarde desta quinta-feira (9), o vencedor da disputa pela administração do Estádio Jornalista Mário Filho, o bom e agora renovado Maracanã.
Formado pelas empresas IMX, Odebrecht e AEG, o consórcio Maracanã S/A foi considerado habilitado pela Comissão de Licitação criada para decidir o futuro do complexo esportivo ancorado pelo mais lendário estádio do País, localizado na Zona Norte da cidade do Rio de Janeiro.
O concorrente, Consórcio Complexo Esportivo Cultural do Rio de Janeiro, não apresentou qualquer tipo de recurso na terceira fase da disputa, o que permite que o processo seja encaminhado ao chefe da Casa Civil do governo do Rio, Régis Fitchner, que oficializará o resultado.
Na composição do Consórcio Maracanã, a empreiteira Odebrecht é detentora 90% das ações, a IMX de Eike Batista, 5%, e AEG os outros 5% restantes.
O resultado da disputa não surpreendeu, pois nos bastidores da política fluminense falava-se quase que abertamente que a licitação era pró-forma e que o complexo do Maracanã seria entregue ao grupo de Eike Batista.
Essa licitação que era considerada como missa encomendada nas conversas reservadas dos poderosos cariocas explica a presença do ex-presidente Lula no primeiro teste do Maracanã, cujo gramado serviu de palco para um jogo entre os “Amigos de Ronaldo” e os “Amigos de Bebeto”.