EUA voltam a acusar a Rússia de participar do conflito no leste da Ucrânia

(Reuters)
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Cabo de guerra – Há evidências de que militares tenham disparado, a partir de território russo, artilharia contra unidades do Exército ucraniano, declarou a porta-voz do Departamento de Estado americano, Marie Harf, na quinta-feira (24). Ela disse se basear em fontes dos “serviços secretos de nações amigas”, sem dar mais detalhes.

Harf afirmou ainda haver evidência de que Moscou pretende enviar armas mais pesadas e potentes aos separatistas do leste da Ucrânia. De acordo com o Departamento de Estado, os russos teriam fortalecido suas tropas nas áreas de fronteira nas últimas semanas – elevando o número de soldados para 15 mil.

Além disso, os EUA afirmam que equipamento militar é levado pela Rússia até uma base militar nas imediações de Rostov – próxima à fronteira ucraniana – e, de lá, o material é transportado até os separatistas.

Ao mesmo tempo, a organização de direitos humanos Human Rights Watch (HRW) acusou nesta quinta-feira as tropas e milícias ucranianas de matarem pelo menos 16 civis com ataques aéreos a áreas habitadas no leste do país.

Segundo a HRW, os ataques aconteceram entre os dias 12 e 21 de julho na região de Donetsk, atualmente dominada pelos insurgentes. Teriam sido ao menos quatro ataques, em que foram usados lançadores de foguetes soviéticos conhecidos como Katyushas. Para a organização, isso significaria uma violação dos direitos humanos e poderia ser enquadrado como crime de guerra.

Voo MH17

Mais de uma semana após a queda do voo MH17 no leste da Ucrânia, mais destroços do avião e corpos das vítimas do desastre foram encontrados no leste da Ucrânia, segundo a mídia australiana. A previsão é que o transporte de todos os restos mortais encontrados até o momento até a Holanda – país de origem de 193 das 298 das vítimas – seja finalizado ainda nesta sexta-feira.

Os Estados Unidos e o governo de Kiev acusam separatistas pró-Rússia de terem abatido o Boeing 777 da Malaysia Airlines. Moscou e os rebeldes, por sua vez, rebatem as acusações culpando o Exército ucraniano. (Com agências internacionais)

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