Depoimentos da Lava-Jato não podem ser usados “de forma leviana”, afirma a abusada Dilma

policia_federal_05Face lenhosa – Nada pode ser mais mentiroso do que a fala de Dilma Rousseff, candidata à reeleição. Decidida a rebater as acusações de corrupção que pesam sobre o PT por causa do envolvimento da legenda no escândalo que vem chacoalhando a Petrobras, Dilma segue as decisões do seu staff de campanha, mas começou o contra-ataque de forma pífia.

Nesta sexta-feira (10), a presidente-candidata criticou a divulgação dos depoimentos de Paulo Roberto Costa, ex-diretor da Petrobras, e do doleiro Alberto Youssef, que colocaram o Partido dos Trabalhadores como um dos principais beneficiários da ciranda de corrupção que funcionava na estatal. A petista disse que os conteúdos dos depoimentos não devem ser usados “de forma leviana em períodos eleitorais”.

“Que haja de fato interesse legítimo, real e concreto de punir corruptos e corruptores, mas que não se use isso de forma leviana em períodos eleitorais e de forma incompleta, porque nós temos acesso a todas as informações”, disse a presidente.

Antes de qualquer consideração é preciso saber o que Dilma Rousseff entende por leviandade, até porque não há leviandade maior por parte de um governante do que a corrupção desenfreada, como a patrocinada pelo PT ao longo dos últimos quase doze anos.

A afirmação de Dilma de que o governo tem acesso a todas as informações é mentirosa, pois a Polícia Federal não se submeteu às ordens do Palácio do Planalto e executou um trabalho de investigação “como nunca antes na história deste país”. Portanto, muitas das informações da Operação Lava-Jato ainda continuam sob sigilo, sem que o governo tenha o menor conhecimento das mesmas.

O governo transformou-se em uma usina de desmandos e casos de corrupção, sendo que as autoridades decidiram não mais compactuar com esse comportamento delituoso, que tem levado o Brasil a vexames sucessivos e ao descrédito profundo.

Ao contrário do que sugere Dilma, o objetivo das autoridades envolvidas na Operação lava-Jato é punir corruptos e corruptores. É importante destacar que a presidente acionou sua tropa de choque no Senado Federal para tentar barrar a criação da CPI e CPMI da Petrobras, sob a desculpa de que a Polícia Federal já estava investigando o caso. Fosse o objetivo do governo investigar os escândalos de corrupção na estatal, Dilma jamais deveria ter trabalhado para impedir a criação das CPIs.

Dilma mente de forma acintosa quando, ao tentar escapar da responsabilidade, afirma que a Polícia Federal só está investigando o caso por determinação do governo. Em primeiro lugar a PF não é uma polícia de governo, mas, sim, de Estado. Portanto, não cabe a Dilma determinar essa ou aquela investigação.

Ademais, a Operação Lava-Jato só foi possível porque o empresário Hermes Magnus e o editor do ucho.info, jornalista Ucho Haddad, denunciaram o esquema criminoso que era capitaneado pelo então deputado federal José Janene (PP-PR) e pelo doleiro Alberto Youssef, buscando o apoio do Ministério Público Federal em São Paulo e em Curitiba. Não fosse isso, a roubalheira na Petrobras estaria ocorrendo até hoje. De tal modo, Dilma deveria procurar ajuda médica para tentar se livrar da mitomania, que nos últimos tempos só tem aumentado.

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