Plebiscito sobre reforma política proposto por Dilma é, além de golpe silencioso, inexequível

dilma_rousseff_474Pé no freio – “Inexequível”. Assim o presidente nacional do PPS, deputado federal Roberto Freire (SP), classificou a proposta de realização de plebiscito sobre a reforma política apresentada pela presidente Dilma Rousseff. “São assuntos diversos e muito complexos, que não podem ser resolvidos com a simplicidade de uma resposta “sim” ou “não” que caracteriza um plebiscito”, afirmou o parlamentar.

Freire lembrou que Dilma fez a proposta quando irromperam as jornadas de junho de 2013, sendo que tanto a sociedade quanto o Congresso Nacional refutaram-na por não se aplicar ao tema. “Se queremos consultar a população sobre a reforma política, podemos lançar mão do referendo, uma das formas de democracia direta que eu defendi na Constituinte”, lembrou. “Congresso e sociedade apoiarão essa iniciativa de plebiscito”, reforçou.

A reforma política, observou Roberto Freire, é um conjunto de regras que precisa de lógica interna firme e “que não pode ficar ao sabor do sim ou não”. “Nenhum país pode ter suas leis complexas submetidas a plebiscito”, avaliou. Dentre os temas da reforma estão o financiamento de campanhas eleitorais, voto distrital, voto distrital misto, lista aberta ou fechada de candidatos, fim da reeleição, das coligações nas eleições proporcionais e da suplência para senador.

“A presidente Dilma precisa, em vez de estar querendo buscar o diversionismo equivocado, enfrentar a crise econômica que já está dentro da casa dos brasileiros”, afirmou Freire. “Ela tem que resolver essa crise”, insistiu.

Petrolão

Outro assunto do qual, segundo Freire, Dilma não pode se esquivar é o escândalo de corrupção na Petrobras. “Ela tem de dar resposta ao doleiro (Alberto Youssef) que afirmou que ela e Lula sabiam dos contratos superfaturados e da distribuição de propina a partidos, principalmente ao PT, e a políticos”.

Freire salientou que “não é o processo eleitoral que vai interromper (as denúncias relativas ao escândalo) como se tivesse havido um esquecimento da dura realidade brasileira”.

Manobra golpista

O que Dilma e o PT buscam com a proposta do plebiscito para decidir sobre a reforma política é um golpe premeditado para implantar no País um regime totalitarista de esquerda, a exemplo do que vem derretendo a Venezuela, que sob o manto do boquirroto socialismo do século XXI simplesmente sepultou a democracia, como se isso fosse o melhor dos cenários para se viver.

A tese defendida por Dilma, que encontra respaldo nas entranhas do governo e do próprio Partido dos Trabalhadores, visa, como já anunciado, ouvir os movimentos sociais, todos integrados pela militância petista. Isso significa que o PT decidirá sobre a reforma política ao seu modo, criando no Brasil, da noite para o dia, um regime de exceção, sem direito a contestações.

Os brasileiros de bem precisam estar atentos e acompanhar diuturnamente as questões políticas do País, não sem antes pressionar a presidente da República para que não avance com esse projeto criminoso e ditatorial. Dilma Rousseff adotou, depois do segundo turno da corrida presidencial, o discurso do diálogo e da união do País, mas tudo não passa de uma manobra chicaneira para chulear a fantasia democrática que, a depender do desenrolar dos fatos, será usada pela ditadura esquerdista.

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